Suíça vota hoje adesão a acordos de Schengen e Dublin

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As sondagens apontam para a aprovação de todas as medidas votadas hoje pelos suíços Miguel Madeira/PÚBLICO

Após as rejeições da Constituição Europeia em França e na Holanda, os europeístas helvéticos receiam, no entanto, um contágio do vírus eurocéptico, o que significaria, no caso de vitória do "não", o terceiro em oito dias no continente europeu.

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Após as rejeições da Constituição Europeia em França e na Holanda, os europeístas helvéticos receiam, no entanto, um contágio do vírus eurocéptico, o que significaria, no caso de vitória do "não", o terceiro em oito dias no continente europeu.

Forçado pela oposição da extrema-direita do Partido Popular Suíço - que reuniu as 50 mil assinaturas necessárias para forçar a consulta popular -, o referendo está a dividir as opiniões no país.

As últimas sondagens dão vantagem ao "sim", apesar do apoio ter vindo a reduzir-se nas semanas da campanha, conduzida com bastante intensidade pelos contestatários.

O Governo, por seu lado, envolveu-se em peso na campanha pelo "sim", com os ministros a multiplicarem-se em acções por todo o país, especialmente na zona alemã onde o "não" parece merecer mais apoio. Para os apoiantes dos acordos, os textos são essenciais para melhorar a segurança nacional, ajudar a resolver problemas no que toca ao asilo político e trazer benefícios económicos para a confederação alpina.

Segundo Berna, os acordos bilaterais existentes não são suficientes para combater o crescente crime organizado, que pode ser mais facilmente visado com a cooperação abrangida por Schengen. Os opositores argumentam que os acordos representam a entrada virtual da Suíça na UE, de que não faz parte, e um atentado à soberania do país.

Os acordos foram assinados em Maio do ano passado, depois de dois anos de negociações entre Berna e Bruxelas, tendo na altura o próprio Governo suíço admitido que a ratificação poderia ser um processo demorado e obrigar a uma consulta popular.

Os suíços vão também votar hoje um projecto de "parceria registada" para casais homossexuais, aprovado há um ano pelo Parlamento helvético e que deverá ser adoptado sem dificuldade.