Desalojados da Azinhaga dos Besouros protestam em frente à Câmara da Amadora
No início do mês, a Câmara da Amadora demoliu algumas barracas. Desde essa data, oito famílias (cerca de 40 pessoas, entre as quais 23 crianças) estão a dormir ao relento, disse António Santos, do Bloco de Esquerda. Cerca de cem famílias - que vivem há alguns anos no bairro - estão também na iminência de ficar sem casa.
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No início do mês, a Câmara da Amadora demoliu algumas barracas. Desde essa data, oito famílias (cerca de 40 pessoas, entre as quais 23 crianças) estão a dormir ao relento, disse António Santos, do Bloco de Esquerda. Cerca de cem famílias - que vivem há alguns anos no bairro - estão também na iminência de ficar sem casa.
A autarquia alega que esta acção decorre de estes moradores não estarem inscritos no Programa Especial de Realojamento de 1993 e de os prazos terem passado sem contestação.
A viver há 16 dias na rua com quatro filhos menores, Fernanda Borges diz que lhe retiraram tudo de casa antes da demolição, incluindo os livros e cadernos escolares dos filhos e papéis de identificação. "Eu ainda não fui buscar nada porque não tenho onde guardar as coisas", lamentou a desalojada, adiantando que vai sobrevivendo com a ajuda dos vizinhos.
Os cerca de 20 manifestantes disseram à Lusa que decidiram reunir-se hoje em frente à autarquia até às 15h00 porque é dia de reunião de Câmara e têm esperança de serem recebidos.
António Santo, do BE, voltou a exigir à autarquia que suspenda as demolições das casas e que seja realizada uma assembleia municipal para debater o problema.