Confederação rejeita proposta do Governo para aumentar número de turistas
"O Governo está outra vez (já outros governos apresentaram este objectivo) a defender o aumento do número de turistas, mas o grande objectivo é o crescimento da receita turística", afirmou Atílio Forte, em Peniche, durante uma intervenção no III Congresso do Turismo de Leiria, onde explicou as principais ideias da confederação para o sector.
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"O Governo está outra vez (já outros governos apresentaram este objectivo) a defender o aumento do número de turistas, mas o grande objectivo é o crescimento da receita turística", afirmou Atílio Forte, em Peniche, durante uma intervenção no III Congresso do Turismo de Leiria, onde explicou as principais ideias da confederação para o sector.
Referindo que Portugal recebe entre 11,5 e 12 milhões de turistas por ano, o presidente da confederação, que representa os empresários deste ramo, sustentou que: "É bom termos os pés na terra e sabermos do que estamos a falar".
"Sabendo que se nós já recebemos mais do que um turista por habitante (...) e que não há como chegar, como ficar e muitas vezes não há o que fazer, quanto mais com 40 milhões de turistas", argumentou.
Referindo "toda a gente nas campanhas eleitorais se lembra do turismo", há dez anos considerado estratégico para o país, o responsável salientou que "o que é um facto é que quando chegam ao Governo o que se vê é o adiamento sucessivo das matérias".
Para contrariar esta tendência, defendeu que "há que aproveitar os que nos visitam e tentar que deixem cá mais receitas", através da melhoria da receita turística per capita em 1,5 a 2 por cento acima da média comunitária.
Atílio Forte, que falava para uma plateia de alunos dos dois cursos superiores de Turismo do Instituto Politécnico de Leiria, lembrou aos estudantes que actualmente "investir, criar emprego e riqueza é para os empresários um autêntica calvário".
"Em cada projecto turístico intervêm desde a fase da aprovação até à fase de licenciamento em média 16 entidades da administração local, regional e central", disse.