Marques Mendes diz que Valentim Loureiro perdeu confiança política do PSD
"O Major Valentim Loureiro, do meu ponto de vista e do ponto de vista da direcção do partido, não tem a confiança política para ser candidato pelo PSD", afirmou Marques Mendes, salientando que esta decisão "não é pessoal, não é de natureza jurídica", mas política. "Eu não tomo decisões com base em processos judiciais. Os partidos existem para fazer política, não para se substituir à acção dos tribunais", afirmou, evitando comentar o processo de corrupção no futebol "Apito Dourado" em que Valentim Loureiro está constituído arguido.
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"O Major Valentim Loureiro, do meu ponto de vista e do ponto de vista da direcção do partido, não tem a confiança política para ser candidato pelo PSD", afirmou Marques Mendes, salientando que esta decisão "não é pessoal, não é de natureza jurídica", mas política. "Eu não tomo decisões com base em processos judiciais. Os partidos existem para fazer política, não para se substituir à acção dos tribunais", afirmou, evitando comentar o processo de corrupção no futebol "Apito Dourado" em que Valentim Loureiro está constituído arguido.
Valentim Loureiro anunciou na quinta-feira, numa entrevista à RTP, que vai recandidatar-se a um terceiro mandato na Câmara de Gondomar, mesmo sem o apoio do PSD. "Se o líder do PSD decidir não homologar a minha candidatura, acatarei mas não perceberei", disse.
Confrontando pelos jornalistas no final do jantar comemorativo dos 31 anos do PSD, em Santarém, Marques Mendes salientou que nunca toma qualquer decisão do partido "com base critérios jurídicos ou com base em processos, seja o Apito Dourado, seja qualquer outro processo". "Quero ganhar o maior número de Câmaras Municipais, mas não quero ganhar a qualquer preço: há princípios e há critérios de credibilidade a observar", acrescentou, comentando a possibilidade do PSD perder Oeiras e Gondomar para listas de independentes lideradas por ex-autarcas do partido (Isaltino Morais e Valentim Loureiro) que já não têm a confiança política da direcção.
Agora, o PSD propõe-se iniciar um "novo ciclo" em que a "exigência deste critério político é ainda maior", já que envolve pressupostos de "credibilidade e de afirmação do prestígio" do partido, disse Marques Mendes. O PSD "precisa de reconciliar com a sociedade", afirmou o líder do PSD, mostrando-se confiante num bom resultado nas próximas autárquicas. "Quando se tomam decisões para reforçar a credibilidade do partido, isso beneficia todo o partido" e os "candidatos a autarcas de todo o país", defendeu.
Instado a distinguir a situação de Valentim Loureiro da de Isabel Damasceno - autarca de Leiria que foi hoje confirmada como candidata pelo PSD, apesar de também ser arguida no processo de corrupção no futebol Apito Dourado -, Marques Mendes recusou-se a responder, dando por terminado o breve encontro com os jornalistas, no final do jantar.