Delegação chega ao Togo para encontrar solução para a crise política

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Mais de onze mil togoleses fugiram à tensão política e refugiaram-se no Benin e no Gana EPA

Compõem a delegação o secretário-executivo da Cedeao, Mohammed Ibn Chambas, a ministra nigeriana dos Negócios Estrangeiros, Aïchatou Mindaoudou e o ministro nigeriano da Integração Africana, Lawan Gana Guba, cujo país assegura actualmente a presidência da UA.

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Compõem a delegação o secretário-executivo da Cedeao, Mohammed Ibn Chambas, a ministra nigeriana dos Negócios Estrangeiros, Aïchatou Mindaoudou e o ministro nigeriano da Integração Africana, Lawan Gana Guba, cujo país assegura actualmente a presidência da UA.

“O objectivo desta missão é avaliar a situação no Togo e reiterar a mensagem da Cedeao e da UA”, disse Mindaoudou. “Esta mensagem é a mesma desde o início. Os chefes de Estado, bem como da Cedeao e da UA, sempre se preocuparam com três elementos: o respeito pela Constituição, a organização de eleições e a paz e a segurança no país”, explicou.

Os três responsáveis foram recebidos pelo Presidente togolês interino, Abass Bonfoh, pelo primeiro-ministro Koffi Sama e pelo ministro dos Negócios Estrangeiros Kokou Tozoun.

Uma delegação da coligação da oposição “propôs duas medidas: que a UA garanta a protecção das populações e a criação de uma estrutura para verificar a conformidade dos resultados provisórios proclamados pela Comissão Eleitoral Independente e confrontar estes resultados com aqueles que saíram das urnas de voto”, disse Yawovi Agboyibo, coordenador desta coligação.

A crise no Togo surgiu depois do anúncio na terça-feira da vitória, com 60,22 por cento, de Faure Gnassingbé, candidato do partido RPT e filho do anterior dirigente Eyadema. Estes resultados provisórios, que deverão ainda ser confirmados pelo Tribunal Constitucional, são violentamente contestados pelos apoiantes de Emmanuel Akitani Bob, o candidato da coligação da oposição.

Mais de onze mil togoleses fugiram à tensão política e refugiaram-se desde terça-feira no Benin e no Gana, segundo um comunicado divulgado hoje pelo Alto Comissariado da ONU para os Refugiados.