Estudo europeu revela que portugueses fazem pouco pelo Ambiente
O estudo “Atitudes dos cidadãos europeus face ao Ambiente” diz que no topo das cinco principais preocupações surge a poluição da água (57 por cento dos inquiridos) e do ar (55 por cento), seguido das catástrofes causadas pela mão humana como as marés negras ou as descargas industriais (48 por cento), as alterações climáticas (41 por cento) e o esgotamento dos recursos (31 por cento).
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O estudo “Atitudes dos cidadãos europeus face ao Ambiente” diz que no topo das cinco principais preocupações surge a poluição da água (57 por cento dos inquiridos) e do ar (55 por cento), seguido das catástrofes causadas pela mão humana como as marés negras ou as descargas industriais (48 por cento), as alterações climáticas (41 por cento) e o esgotamento dos recursos (31 por cento).
Apesar da consciencialização, apenas 29 por cento admite agir frequentemente em prol de um ambiente mais saudável, enquanto 55 por cento afirma que o faz "às vezes" e 11 por cento "raramente".
Esta atitude é comprovada pelo facto de 35 por cento dos portugueses afirmar não fazer mais esforços para um melhor ambiente porque "não teria impacto, uma vez que os outros também não o fazem", enquanto 31 por cento têm a mesma atitude em relação aos grandes poluidores: as empresas.
A mesma atitude pode ser encontrada em países como a Hungria, Republica Checa, Grécia e Alemanha.
Na mesma questão, um em cada dez diz que fazer mais traz "demasiadas desvantagens", como a perda de tempo e os custos elevados, e quatro por cento admite que o ambiente não lhe interessa.
No conjunto, 82 por cento mostra-se convicto de que o estado do ambiente influencia a qualidade de vida (16 por cento diz que não), pelo que os decisores políticos deveriam dar mais importância ao tema.
Entre os que consideram compensador fazer algo pelo ambiente, a maioria (78 por cento) está disposto a separar o lixo para reciclagem, enquanto 34 por cento admite reduzir o consumo de energia em casa e 30 por cento comprar produtos ecológicos, mesmo se mais caros.
Os portugueses são ainda dos cidadãos europeus que afirmam sentir-se menos informados sobre as questões ambientais, opinião manifestada por 58 por cento dos inquiridos e apenas ultrapassada pelos lituanos.
A televisão é o local onde costumam informar-se sobre o tema, demonstrando maior confiança nas associações ambientalistas quando se trata de analisar os assuntos.
Quanto à responsabilidade de proteger o ambiente, os portugueses incutem-na ao governo nacional e local, sugerindo que as melhorias na qualidade ambiente passam por uma maior restrição das leis nacionais e europeias, uma melhor aplicação das leis existentes e o aumento da tomada de consciência para o tema.
A sondagem foi realizada em Novembro passado e abrangeu mil cidadãos portugueses com 15 ou mais anos.