Controlinveste pede investigação à independência do "Jornal de Negócios"

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O pedido foi entregue na sequência da publicação de uma notícia sobre a investigação à venda da Lusomundo Media David Clifford/PÚBLICO

De acordo com o grupo detido por Joaquim Oliveira, o pedido foi entregue ao organismo regulador da comunicação social na sequência da publicação, ontem de manhã, de uma notícia sobre a alegada passagem da operação de venda da Lusomundo Media a investigação aprofundada pela Autoridade da Concorrência.

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De acordo com o grupo detido por Joaquim Oliveira, o pedido foi entregue ao organismo regulador da comunicação social na sequência da publicação, ontem de manhã, de uma notícia sobre a alegada passagem da operação de venda da Lusomundo Media a investigação aprofundada pela Autoridade da Concorrência.

Segundo divulgou ontem a edição online do "Jornal de Negócios", "a operação de venda da Lusomundo [Media] vai passar à fase de investigação aprofundada, porque a Autoridade da Concorrência tem dúvidas sobre quem vai controlar efectivamente os activos de media, ainda propriedade do grupo Portugal Telecom".

Adiantando ter confirmado junto da Autoridade da Concorrência (AdC) a "inexistência de qualquer decisão nesse sentido", a Controlinveste acusa o jornal de "alinhamento com a estratégia e os interesses empresariais do grupo Investec/Cofina, entidade sua proprietária" e que foi candidata à compra da Lusomundo Media.

Por isso, o grupo liderado por Joaquim Oliveira considerou que o "Jornal de Negócios" quebrou a "independência editorial" e "incumpriu as regras deontológicas", "configurando apenas uma tese expendida pelo accionista maioritário e presidente do conselho de administração da Cofina (...) aquando da sua audição junto da AACS".

"É provável [o processo] passar a uma investigação aprofundada pela complexidade do negócio, mas não está ainda tomada nenhuma decisão", disse à agência Lusa fonte oficial da Autoridade da Concorrência, adiantando que essa decisão "será tomada numa próximas reuniões semanais do conselho".

"Passar a uma investigação aprofundada é sempre uma possibilidade em todos os negócios", sublinhou, no entanto, explicando que "isso significa que a Autoridade da Concorrência tem mais 90 dias para analisar" as consequências da compra do grupo proprietário de órgãos de media como o "Diário de Notícias", "Jornal de Notícias", "24 Horas" e TSF pelo grupo detentor do jornal "O Jogo", de metade da Sport TV e que controla a publicidade e as transmissões televisivas dos jogos de futebol.

Uma investigação aprofundada "pode passar por pedir mais documentos às partes interessadas ou pode ser só uma análise mais aprofundada dos documentos já disponibilizados, referiu a mesma fonte, lembrando que "o facto de [o negócio] passar por uma investigação aprofundada não quer dizer que não seja aprovado".