CDS-PP: Pires de Lima e Anacoreta Correia lamentam "timing" de Telmo Correia

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O histórico do partido Anacoreta Correia considerou que Telmo Correia não deveria ter submetido o partido a período de espera tão longo João Relvas/Lusa

"Teria gostado que a candidatura de Telmo Correia se tivesse afirmado com maior antecedência, teria evitado um certo desgaste para a imagem do partido mas o que é importante é que tenha manifestado a sua disponibilidade", afirmou Pires de Lima, à entrada do XX Congresso do CDS que começa hoje no Centro de Congressos de Lisboa.

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"Teria gostado que a candidatura de Telmo Correia se tivesse afirmado com maior antecedência, teria evitado um certo desgaste para a imagem do partido mas o que é importante é que tenha manifestado a sua disponibilidade", afirmou Pires de Lima, à entrada do XX Congresso do CDS que começa hoje no Centro de Congressos de Lisboa.

Também o deputado e histórico do partido Miguel Anacoreta Correia considerou que Telmo Correia "não deveria ter submetido o partido a período de espera tão longo".

"Era o candidato inevitável, corresponde ao que o partido pretende", afirmou Anacoreta Correia, também à entrada da antiga FIL.

Telmo Correia, apontado desde sempre como o sucessor natural de Paulo Portas depois da demissão deste, a 20 de Fevereiro, afirmou que não era nem seria candidato e só ontem assumiu estar disponível para uma candidatura se as duas moções que subscreveu ("Afirmar Portugal" e "Portugal, Já!") tiverem "uma maioria clara".

Apesar de considerar Telmo Correia o melhor candidato à liderança, Anacoreta Correia prefere a moção de Ribeiro e Castro, que considera "sem dúvida a melhor".

O deputado espera que Telmo Correia consiga formar "uma verdadeira equipa e delegar competências", criticando a excessiva personalização do poder do partido em Paulo Portas, ao longo dos últimos sete anos.

"Foi uma das falhas do dr. Paulo Portas, apesar de ter sido um excelente solista", disse.

Numa eventual futura direcção de Telmo Correia, Anacoreta Correia apenas admite participar numa lista ao Conselho Nacional, que quer ver dinamizado como "o verdadeiro Parlamento do partido".

Indisponível para qualquer cargo está Abel Pinheiro, homem-forte de Paulo Portas e responsável pelas finanças do partido.

"Disse, em 1998 no congresso de Braga, que entrava com Paulo Portas e saía quando ele saísse", afirmou, antes de entrar para o auditório do Congresso, apesar de considerar que "Telmo Correia é uma boa solução".

O outro candidato assumido, Miguel Matos Chaves, garante que será o novo presidente do partido, apesar de ser militante de base e não ter quaisquer apoios conhecidos.

"Amanhã serei presidente do CDS-PP", afirmou, reclamando o apoio de mais de 800 dos cerca de 1300 delegados ao congresso.