Turquia espera que Bento XVI mude de opinião sobre adesão do país à UE
"[Joseph Ratzinger] emitiu no passado estes pontos de vista [contrários à adesão da Turquia à UE] como sua opinião pessoal, mas a sua retórica poderia alterar-se a partir agora", declarou o Erdogan à imprensa.
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"[Joseph Ratzinger] emitiu no passado estes pontos de vista [contrários à adesão da Turquia à UE] como sua opinião pessoal, mas a sua retórica poderia alterar-se a partir agora", declarou o Erdogan à imprensa.
"[Novas] responsabilidades conduzem a novas situações. Espero ver tal mudança no seu futuro cargo, porque as suas responsabilidades assim o exigem", acrescentou
O cardeal Joseph Ratzinger, eleito ontem novo Papa, considerou que permitir a entrada da Turquia na UE seria "um enorme erro", uma decisão "contra a História".
Na sua reacção ao resultado do conclave, o primeiro-ministro turco relativizou a influência do Papa sobre as expectativas europeias do seu país, recordando que o Vaticano não faz parte do bloco europeu. "O mecanismo de tomada de decisão relativo ao nosso processo europeu é diferente. Os países que vão tomar a decisão são diferentes", considerou.
A escolha de Ratzinger também foi acolhida com frieza pela imprensa.
Os títulos dos principais jornais insistiram na oposição do novo Sumo Pontífice à entrada da Turquia na UE e recordaram aos seus leitores declarações em que esta posição é evidente.
O diário de grande tiragem “Sabah” titula: "Este Papa é um adversário da Turquia", enquanto o liberal “Radikal” sublinha: "Era a última escolha da Turquia".