Aznar: "Milhões de iraquianos vivem hoje mais perto da liberdade"

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Em Março de 2003 o Presidente dos Estados Unidos e os primeiros-ministros do Reino Unido e de Espanha reuniram-se nos Açores Paulo Novais/Lusa (arquivo)

Em Março de 2003, poucos dias antes da intervenção militar no Iraque liderada por norte-americanos e britânicos, o Presidente dos Estados Unidos e os primeiros-ministros do Reino Unido e de Espanha reuniram-se nos Açores, tendo por anfitrião o então chefe de Governo português, José Manuel Durão Barroso.

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Em Março de 2003, poucos dias antes da intervenção militar no Iraque liderada por norte-americanos e britânicos, o Presidente dos Estados Unidos e os primeiros-ministros do Reino Unido e de Espanha reuniram-se nos Açores, tendo por anfitrião o então chefe de Governo português, José Manuel Durão Barroso.

O ex-presidente do Governo espanhol explicou que, durante os anos em que esteve à frente do Executivo, os cidadãos espanhóis "tinham a ambição de poder influenciar o mundo" e sabiam que "a Espanha corria riscos". "Por isso quiseram ter os aliados mais ricos e mais poderosos", explicou.

José Maria Aznar falava durante a apresentação do seu livro "Retratos e perfis: de Fraga a Bush", em Madrid, que dedica vários capítulos à reunião em que se decidiu a intervenção no Iraque. O livro fala dos dirigentes que conheceu pessoalmente e sublinhou que "é indispensável que um governante tenha capacidade de relação com pessoas tão diferentes como Bush, Chirac, Kadhafi e Castro".

"Creio que há que ter essa capacidade de relação e contacto pessoal sabendo que uma coisa são as relações internacionais e outra, muito distinta, é dizer sempre que 'sim' a tudo", assinalou.

Contou que na cena internacional às vezes teve que "dizer que 'não' para defender interesses de Espanha e outras dizer que 'sim' porque se tratava de defender valores importantes para Espanha".