PCP avança com candidatura de Ruben de Carvalho à Câmara de Lisboa
"Nós estamos de boa-fé e sem nenhum sectarismo, mas não contem connosco para sermos apenas uma força de suporte, a peninha no chapéu do PS", afirmou o líder comunista a propósito das negociações com os socialistas para reeditar, nas autárquicas de Outubro, a coligação eleitoral em Lisboa que tem vigorado desde 1989.
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"Nós estamos de boa-fé e sem nenhum sectarismo, mas não contem connosco para sermos apenas uma força de suporte, a peninha no chapéu do PS", afirmou o líder comunista a propósito das negociações com os socialistas para reeditar, nas autárquicas de Outubro, a coligação eleitoral em Lisboa que tem vigorado desde 1989.
Jerónimo de Sousa falava na apresentação das candidaturas do jornalista e organizador da Festa do Avante! Ruben de Carvalho à presidência da câmara e do escritor Modesto Navarro à assembleia municipal, que decorreu num hotel de Lisboa.
O ex-candidato do PCP à Presidência da República e antigo vereador em Lisboa António Abreu é o mandatário da candidatura de Ruben de Carvalho.
Na sua intervenção, Jerónimo de Sousa defendeu que o acordo com o PS deve ter por objectivo "relançar um projecto para a cidade assente em critérios democráticos, transparentes e participativos", "assegurar uma viragem na gestão municipal de direita" e "corrigir as principais malfeitorias da direita".
No final da sessão, em declarações aos jornalistas, Jerónimo de Sousa recusou que a apresentação das candidaturas da CDU possa pôr em causa a obtenção de um acordo com o PS, que "ainda não está garantido". "O PS também não pediu opinião ao PCP para apresentar o seu candidato [Manuel Maria Carrilho]", argumentou.
Jerónimo de Sousa escusou-se a esclarecer a posição do partido, caso venha a ser formada a coligação com o PS, relativamente ao cabeça de lista escolhido pelos socialistas, mas recentemente o responsável concelhio do PCP assegurou que caso haja coligação, Manuel Maria Carrilho será o cabeça de lista.
Ainda quanto ao acordo, Jerónimo de Sousa frisou que "o PCP recusa o poder absoluto e tem-se apresentado [nas negociações em Lisboa] sem qualquer pretensão de hegemonia, mesmo quando detinha a mais expressiva força eleitoral e de posições".
A segunda reunião entre as direcções do PCP e PS sobre o acordo de coligação para Lisboa está marcada para amanhã, na sede dos socialistas.