Tribunal japonês rejeita compensações por crimes de guerra contra chineses
A decisão judicial valeu-se de uma decisão de 1999 tomada por um tribunal inferior que impede cidadãos estrangeiros de receber qualquer compensação do Governo japonês devido a acções em tempo de guerra.
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A decisão judicial valeu-se de uma decisão de 1999 tomada por um tribunal inferior que impede cidadãos estrangeiros de receber qualquer compensação do Governo japonês devido a acções em tempo de guerra.
Os dez queixosos, em que estão incluídos famíliares das vítimas, exigiam ser compensados pela morte e sofrimento causados por experiências e utilização de armas biológicas por parte do Exército japonês.
Após a decisão de hoje a China apelou ao Japão para assumir responsabilidades pela utilização de armas biológicas durante a Segunda Guerra Mundial.
"Esperamos que os japoneses tratem este assunto de forma responsável e apropriada", afirmou o porta-voz do ministro dos Negócios Estrangeiros, Qin Gang, não especificando as pretensões de Pequim.
Os queixosos, que reclamavam um pedido de desculpas e 20 milhões de yens (142 mil euros) cada, mostraram-se desapontados com a decisão judicial.
Esta decisão surge numa altura em que a tensão das relações entre a China e o Japão tem crescido, com manifestações violentas anti-nipónicas na China motivadas pelos manuais de História japoneses, que acusam de apagar das suas páginas atrocidades do tempo de guerra.
Apesar da rejeição dos pedidos de indemnização, a disputa entre os dois países sobre os crimes de guerra ficou marcada em 1999 pelo reconhecimento nipónico da utilização de armas biológicas contra a China pela sua Unidade 731. Porém, o Governo japonês nunca revelou detalhes sobre estas operações.
De acordo com os historiadores, as experiências militares com este tipo de armamento, causaram cerca de 250 mil mortos, durante os anos 30 e 40 do século XX, quando o Japão ocupou parte da China.