Greve na RTP impede emissão habitual na Madeira

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Os sindicatos não admitem que os trabalhadores percam direitos adquiridos com o novo Acordo Colectivo de Trabalho Luís Ramos/PÚBLICO

Os índices da paralisação na Madeira situam-se entre os 75 por cento dos técnicos de som e os 100 por cento dos operadores de câmara, assistentes às operações e central. Noventa por cento por parte dos jornalistas e 85 por cento dos profissionais de edição também fizeram greve.

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Os índices da paralisação na Madeira situam-se entre os 75 por cento dos técnicos de som e os 100 por cento dos operadores de câmara, assistentes às operações e central. Noventa por cento por parte dos jornalistas e 85 por cento dos profissionais de edição também fizeram greve.

Devido a esta paralisação não foi emitido o serviço intercalar Notícias RTP/Madeira das 12H55 e o mesmo deverá acontecer com o programa semanal Em Directo, das 19H00, e o semanal Questão Social.

Esta forma de luta foi convocada a nível nacional por três estruturas sindicais que não subscreveram o Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) do grupo RTP, designadamente os sindicatos dos jornalistas, dos trabalhadores de telecomunicações e comunicação audiovisual e dos trabalhadores de telecomunicações e audiovisual.

Entretanto, o PCP-Madeira, em comunicado de imprensa divulgado hoje, expressou a sua solidariedade para com a luta dos trabalhadores da RTP-M, defendendo que o "Governo português deve intervir junto do conselho de administração daquela empresa a fim de o demover da sua intenção de retirar direitos fundamentais aos trabalhadores, direitos esses consagrados no ACT".

Segundo os comunistas, a Assembleia da República deve revogar urgentemente a legislação do Código do Trabalho, defendendo que "o país necessita de trabalhadores da comunicação com direitos, e não podem ser as empresas públicas a comandar a neoliberalização do sector e a subverter os direitos de quem trabalha".