Portugal triplicou ajudas públicas aos países pobres em 2004

Foto
PUBLICO.PT

Os dados indicam que, no ano passado, a ajuda nacional subiu para 0,63 por cento do Rendimento Nacional Bruto (RNB), ultrapassando assim a meta de 0,51 a atingir em 2010, que Bruxelas se prepara para aprovar amanhã na reunião do colégio de comissários, em Estrasburgo.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Os dados indicam que, no ano passado, a ajuda nacional subiu para 0,63 por cento do Rendimento Nacional Bruto (RNB), ultrapassando assim a meta de 0,51 a atingir em 2010, que Bruxelas se prepara para aprovar amanhã na reunião do colégio de comissários, em Estrasburgo.

Em 2003, Portugal disponibilizou 224 milhões de euros aos países mais pobres, o que correspondia a 0,22 por cento do RNB, segundo os dados de Bruxelas e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), em Paris.

Nesse ano, Portugal foi um dos quatro países dos Quinze que menos contribuíram para o desenvolvimento, tendo sido incluído na categoria dos "vilões" da Europa definida por um conjunto de organizações não-governamentais de desenvolvimento.

Os países da União Europeia comprometeram-se, em 2002, em Monterrey (México), a alcançar uma ajuda pública de 0,7 por cento em 2015, marcando uma meta intermédia de 0,39 em 2006.

Amanhã, a Comissão Europeia vai aprovar um novo objectivo de ajuda aos mais pobres para 2010 - 0,51 por cento do RNB para os antigos Quinze e 0,19 do RNB para os novos dez Estados-membros.

A proposta será incluída numa comunicação sobre a política de desenvolvimento da União Europeia, com vista à cimeira sobre os objectivos do milénio de luta contra a pobreza que as Nações Unidas organizam em Setembro em Nova Iorque.