Casa da Música: ministra compromete-se com 10 milhões de euros por ano
A ministra anunciou ter feito esta proposta durante uma reunião com o Conselho de Fundadores da CM, reclamando, em contrapartida, a integração imediata da Orquestra Nacional do Porto (ONP) na fundação.
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A ministra anunciou ter feito esta proposta durante uma reunião com o Conselho de Fundadores da CM, reclamando, em contrapartida, a integração imediata da Orquestra Nacional do Porto (ONP) na fundação.
"Não faz sentido a Casa da Música sem uma orquestra residente", argumentou a titular da pasta da Cultura.
A anterior ministra, Maria João Bustorff, comprometera-se apenas com um financiamento da futura fundação na ordem dos 900 mil euros por ano a partir de 2006 até 2030.
Na sua reunião com o Conselho de Fundadores, Isabel Pires de Lima propôs também alterações ao nível do conselho de administração da futura fundação.
Presidente nomeado pelo Estado com “poderes especiais”A ministra explicou que defende um modelo de gestão da fundação em que os privados mantêm a maioria dos assentos no órgão, mas o presidente, nomeado pelo Estado, fica com "poderes especiais".
Estes poderes especiais dizem respeito ao nível da aprovação do Plano de Actividades e da nomeação do director artístico, bem como a definição da delegação de competências nos administradores.
O anterior modelo da fundação, que chegou a constar de um decreto-lei que o Presidente da República não promulgou, previa que as entidades privadas fossem minoritárias no capital (40 por cento) mas detivessem a presidência do Conselho de Administração.
Conselho de Fundadores "pediram tempo para análise"Questionada pela Lusa sobre a receptividade do Conselho de Fundadores à sua proposta, a ministra disse apenas que os seus membros "pediram tempo para análise", mas que iria ser "devidamente considerada".
Isabel Pires de Lima perspectivou que a fundação que há-de gerir a CM poderá estar constituída num prazo de dois meses.
A ministra anunciou entretanto que já propôs a qualificação da Casa da Música, o que poderá inviabilizar a construção, nas traseiras, de um prédio de grande dimensão, promovido por uma entidade bancária para um terreno onde esteve prevista a instalação do Conservatório de Música do Porto.