Director executivo do Boavista SAD confirma queixa-crime contra Sá Pinto

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Momentos após ter sido ouvido durante mais de uma hora pela Comissão Disciplinar (CD) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), no Porto, João Freitas admitiu que tudo poderia ter ficado resolvido, caso tivesse havido "humildade da outra parte".

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Momentos após ter sido ouvido durante mais de uma hora pela Comissão Disciplinar (CD) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), no Porto, João Freitas admitiu que tudo poderia ter ficado resolvido, caso tivesse havido "humildade da outra parte".

"Confirmo [a apresentação da queixa]. Apenas posso dizer mais que no final de tudo isto se verá quem fala a verdade. Desejo ao Sporting as maiores felicidades nesta eliminatória da Taça UEFA, com o Newscastle, mas não posso adiantar mais nada sobre este processo", disse o director executivo dos "axadrezados".

João Freitas foi suspenso terça-feira por 20 dias pela CD da LPFP, depois de alegada troca de agressões com o "leão" Sá Pinto, no final da goleada por 4-0 imposta pelo Sporting ao Boavista.

O guarda-redes William, também ouvido pela CD da LPFP durante 30 minutos, optou por não fazer qualquer tipo de esclarecimento no final da audição.

A acompanhar o director executivo da Boavista, SAD, e o guarda- redes da equipa orientada por Jaime Pacheco estiveram o director-geral do Boavista e o director-geral da SAD, Sampaio Cerveira e Paulo Gonçalves, respectivamente.

Amanhã será a vez de serem ouvidos as testemunhas do Sporting neste processo.

Rui Jorge e Sá Pinto, futebolistas do Sporting, e William, guarda-redes do Boavista, foram terça-feira suspensos preventivamente por 12 dias, devido aos incidentes ocorridos no túnel do estádio do Bessa.

Além dos três jogadores, todos expulsos após o fim do encontro de sábado, a CD aplicou uma suspensão preventiva de 20 dias ao delegado ao jogo do Boavista, João Freitas, também envolvido nos desacatos.

O treinador do clube portuense, Jaime Pacheco, e o adjunto Alfredo, ambos expulsos aos 75 minutos na partida de sábado, foram punidos com 10 dias de suspensão efectiva, enquanto ao Boavista foi instaurado um processo disciplinar, pela falta de comparência do técnico principal na habitual entrevista após o jogo.

Os incidentes registados no túnel de acesso aos balneários no intervalo e após a conclusão do encontro do Estádio do Bessa, levaram a CD a ordenar a instauração de inquéritos para "averiguação das condutas dos agentes desportivos" suspensos preventivamente.

Privado do guarda-redes camaronês e do treinador, o Boavista também não poderá contar com o contributo do defesa brasileiro Éder, expulso aos 68 minutos do embate com o Sporting, para o importante confronto de sábado com o campeão FC Porto.