Árbitros do Coreia do Norte-Irão agredidos por adeptos

Foto
Setenta mil pessoas assistiram ao jogo, disputado no Estádio Kim Il Sung, em Pyongyang AP/"Kyodo News"

Setenta mil pessoas assistiram ao jogo, disputado hoje no Estádio Kim Il Sung, em Pyongyang, capital norte-coreana, tendo, no final do encontro, alguns adeptos mais irados impedido, durante mais de 20 minutos, que o árbitro sírio Mohammed Kousa e os seus adjuntos saíssem de campo.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Setenta mil pessoas assistiram ao jogo, disputado hoje no Estádio Kim Il Sung, em Pyongyang, capital norte-coreana, tendo, no final do encontro, alguns adeptos mais irados impedido, durante mais de 20 minutos, que o árbitro sírio Mohammed Kousa e os seus adjuntos saíssem de campo.

Os incidentes começaram quando os jogadores norte-coreanos se dirigiram ao árbitro para reclamar uma grande penalidade, já perto do final da partida, queixando-se que um jogador iraniano tinha tocado com a mão na bola dentro da grande área.

O jogo esteve interrompido durante cinco minutos, tendo sido lançadas para a pista de atletismo à volta do relvado algumas garrafas.

Após o apito final, a equipa iraniana teve de esperar dez minutos para abandonar o relvado, que se encontrava debaixo de uma chuva constante de objectos.

O árbitro e os seus dois assistentes permaneceram no terreno mais de 20 minutos até regressarem aos balneários, tendo sido igualmente presenteados por pedras, garrafas e outros objectos lançados pelo público em fúria. Enquanto isso, soldados e a polícia norte-coreana reprimiram os protestos dos adeptos a partir da pista de atletismo do estádio.

Esta foi a terceira derrota da Coreia do Norte na fase de qualificação para o Mundial da Alemanha do próximo ano, tendo sido batida pelas selecções do Japão e do Bahrein.

A Coreia do Norte esperava apurar-se para um Campeonato do Mundo pela primeira vez em quase quatro décadas, mas a sua situação está cada vez mais complicada.