PSD: Marques Mendes mantém candidatura mesmo que Ferreira Leite avance
"Condicionar ou desistir não faz parte do meu vocabulário", disse Marques Mendes, em declarações aos jornalistas.
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"Condicionar ou desistir não faz parte do meu vocabulário", disse Marques Mendes, em declarações aos jornalistas.
Sublinhando que não tomou a decisão de se candidatar de "ânimo leve", Marques Mendes escusou-se a comentar a hipótese de Manuela Ferreira Leite também entrar na disputa à sucessão de Pedro Santana Lopes. "É uma amiga pessoal", limitou-se a afirmar.
Quanto ao silêncio da antiga ministra das Finanças — que até ao momento não confirmou uma eventual candidatura, nem manifestou o seu apoio a qualquer dos dois candidatos —, Marques Mendes disse apenas que a ex-ministra "tem direito a tudo, mesmo ao silêncio".
Nos últimos dias, várias figuras de peso dentro do PSD, como a antiga ministra da Saúde Leonor Beleza e o ministro da Justiça cessante, Aguiar Branco, manifestaram o seu apoio a uma eventual candidatura de Ferreira Leite, que também já tinha sido incentivada a candidatar-se pelo economista António Borges, na noite eleitoral.
Contudo, Marques Mendes deixou uma garantia: mesmo que Manuela Ferreira Leite decida avançar, não irá desistir da sua candidatura, verbo que diz "não fazer parte" do seu vocabulário. Marques Mendes confessou preferir, antes, as palavras "preserverança e determinação", das quais prometeu fazer uso para liderar a oposição nos próximos quatro anos.
Quanto à possibilidade de, caso seja eleito presidente do PSD, voltar a liderar o grupo parlamentar social-democrata, Marques Mendes admitiu não ter ainda pensado nessa hipótese, acrescentando, contudo, que, à partida, essa não lhe parece "uma coisa muito positiva".
Mas, acrescentou, será "muito importante" o futuro presidente do PSD estar na Assembleia da República "para, pelo menos uma vez por mês, como líder da oposição debater-se com o primeiro-ministro".