HP relança presença no segmento do consumo na Europa

A nova HP parece ter finalmente decidido apostar nos seus produtos dirigidos aos utilizadores não profissionais do Velho Continente de forma tão decidida quanto o tem feito nos EUA. Desde a aquisição da Compaq que, pelo menos em Portugal, era perceptível um abrandamento da presença da nova marca no que respeita não só a novos produtos como à combinação inovadora de tecnologias que a fusão poderia proporcionar - tudo a apontar para o tão badalado "estilo de vida digital", de que tanta gente fala mas cujos resultados práticos nem sempre são evidentes.

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A nova HP parece ter finalmente decidido apostar nos seus produtos dirigidos aos utilizadores não profissionais do Velho Continente de forma tão decidida quanto o tem feito nos EUA. Desde a aquisição da Compaq que, pelo menos em Portugal, era perceptível um abrandamento da presença da nova marca no que respeita não só a novos produtos como à combinação inovadora de tecnologias que a fusão poderia proporcionar - tudo a apontar para o tão badalado "estilo de vida digital", de que tanta gente fala mas cujos resultados práticos nem sempre são evidentes.

Uma dessas novidades da HP é o computador portátil Compaq Presario V2000 - cujo nome denota a sensata preocupação de não desperdiçar o nome e a posição que a linha de consumo da antiga empresa detinha na Europa -, com um ecrã de 14 polegadas mas uma razão de aspecto mais "panorâmica", que consegue ter uma resolução de 1280 x 768 pixels, 25 por cento superior à de um convencional ecrã de 15 polegadas. Objectivo: desfrutar não só de uma maior área de trabalho mas também ver melhor os filmes disponíveis no formato de 16:9.

Os processadores para este novo portátil Presario V2000 serão da família de móveis da Intel, quer da linha Centrino quer da mais económica Celeron-M. Os Centrino trarão consigo recursos optimizados de ligação a redes sem fios através da norma 802.11g (a que dá, ou dará, maiores débitos quando se generalizar).

O disco rígido do Presario V2000 de 80 GB ou mais e as interfaces disponibilizadas serão USB 2.0 e FireWire, para além de um leitor de cartões de memória Flash em seis formatos. A unidade óptica será um leitor de DVD +/-RW ou um "combo" de leitura e gravação. As colunas de som serão JBL mas a espessura não ultrapassa os 3,3 cm e o peso fica-se pelos 2,33 Kg.

E se nos portáteis para o "consumo" a HP não se ficará pelo Presario V2000, há que assinalar primeiro um novo projector digital, sem o que não fará sentido falar do dito "estilo de vida": o ep9012 Instant Cinema Digital Projector, não sendo pequeno nem leve (10,5 Kg) traz todo um novo leque de fruição de conteúdos digitais aos utilizadores com eles familiarizados.

Com este "monstrinho", qualquer divisão das nossas casas passa a poder servir para se ver um filme, projectado numa parede branca ou num ecrã ao estilo daqueles antigos, em que se projectava diapositivos ou se vis filmes de Super 8... Graças ao seu leitor de DVD de alta qualidade e para todos os formatos - não só de DVD mas também de VCD, SVCD, Audio CD, CD-R, CD-RW, Kodak Picture CD -, e a um conjunto de colunas embutidas (incluindo um "subwoofer" de 30 W), o HP ep9012 - porque dispõe ainda da tecnologia DLP - garante uma projecção sem degradação das cores e dos tons num prazo mais longo do que os projectores convencionais o fazem agora. A aceitação de formatos de áudio MP3, para além do Audio CD, permitem usar o ep9012 para ouvir música no seu sistema Dolby Digital 2.1.

O contraste do HP ep9012, de 1600:1, e a gama dupla de RGB de seis segmentos asseguram uma boa definição dos pormenores e uma fidelidade cromática acrescidas. Além disso, este projector vem já preparado para as normas da TV de alta definição (HDTV) e a razão de aspecto de 16:9. Apesar do seu tamanho e potência de projecção, é razoavelmente silencioso. A compatibilidade em matéria de vídeo inclui o norte-americano NTSC em duas frequências, o europeu PAL nas suas variantes B a N, e o Secam, entre outros. O preço não será em conta (em torno dos 3 mil euros) mas as possibilidades de uso também não são poucas...

No centro do anúncio de todas estas novidades estava - como não poderia deixar de ser numa empresa como a HP - um computador pessoal, o novo Media Center m1000 Photosmart PC. Reconhecendo os seus responsáveis que, em breve, poderão vir a surgir outros dispositivos com idênticas funcionalidades mas que não tenham o sacrossanto aspecto de um computador, o certo é que o Media Center m1000 Photosmart PC tem muitas coisas que os computadores pessoais até agora quase nunca traziam!

Uma delas é o sistema operativo Windows XP na sua variante Media Center Edition na versão actual (ver artigo de abertura da anterior edição de Computadores), que, entre outras coisas, permite pôr e tirar discos rígidos (de 160 a 250 GB) sem reinicializar a máquina. É que uma das particularidades do Media Center m1000 Photosmart PC é a existência de uma abertura onde se pode introduzir - e conectar - uma caixinha contendo um segundo disco rígido. O qual tanto pode servir para movimentar conteúdos digitais (filmes, fotos, músicas, etc.) como para fazer cópias de segurança do disco principal do Media Center m1000 Photosmart PC.

Estes novos computadores assentam em processadores Pentium 4, da Intel, mas já quanto à placa gráfica, os compradores poderão optar entre uma nVidia GeForce FX5500 ou por uma ATI Radeon X600 Pro, ambas dispondo de 256 MB de memória optimizada para funções gráficas. O ter um sintonizador de TV e de rádio é banal, mas o mesmo já não se dirá do sistema de áudio baseado no controlador Sound Blaster Audigy 2 ZS, da Creative Labs, complementado por colunas Altec Lansing com "subwoofer". A "drive" óptica é uma DVD+R/+RW de 8x e capaz de ler discos de camada dupla.

Os recursos sem fios do Media Center m1000 Photosmart PC são vários, a começar no teclado e rato, mas sobretudo na disponibilidade de uma placa de rede "wireless" preparada para a norma 802.11g. Outras interfaces, como USB 2.0 e FireWire, são também regra neste computador.

O Media Center m1000 Photosmart PC poderá servir como gravador de vídeo e, no topo, tem uma pequena "doca" para ligar as máquinas fotográficas digitais da marca e mais facilmente transferir fotos e pequenos vídeos.

O "software" incluído é, para além do sistema operativo, a "suite" Works e o Movie Maker, também da Microsoft, o iTunes, da Apple, o RecordNow CD/DVD, da Sony, o Image Zone Plus (HP), o WinDVD (InterVideo) e o ShowBiz, da ArcSoft - uma bateria de aplicações que cobre quase todas as vertentes de um uso não profissional do multimédia.

Para fruir todos os conteúdos multimédia assentes na imagem mas sem a ajuda do projector ep9012 - ou dos ep 7112 ou 7122, menos ambiciosos mas também muito mais maneirinhos -, a HP apresentou agora um monitor de LCD de alta definição, o f2304, com razão de aspecto de 16:10 e uma diagonal de 23 polegadas, parecendo ainda mais "largo" devido às colunas que ladeiam o ecrã de matriz activa propriamente dito, cujas características de resolução até 1920 x 1200 pixels se ficam a dever á norma WUXGA, preparado também para suportar a TV de alta definição.

Montável na parede ou num discreto suporte, o f2304 alcança um contraste de 400:1 e permite a visão até um ângulo de incidência de 170 graus dos seus 16,7 milhões de cores.

Tendo começado com um novo portátil, esta notícia encerra com um outro, concebido a pensar num uso misto, entre o profissional e o de lazer. Trata-se do HP Pavilion dv1000 Entertainment Notebook, à cabeça dotado de uma inovação: a funcionalidade QuickPlay, que permite ao utilizador ouvir um CD de música ou ver um filme em DVD sem ter que inicializar o computador - como se de um leitor de CD ou de DVD se tratasse, mexendo apenas em quatro teclas direccionais e pouco mais!

O ecrã do Pavilion dv1000 Entertainment Notebook é um mais convencional LCD XGA de 14 polegadas (embora com um revestimento brilhante apontado como sendo anti-reflexo, análogo ao usado pela Sony num dos últimos tipos de ecrãs de LCD apresentados pela marca japonesa) mas que consegue afixar uma imagem idêntica à de um ecrã de 15 polegadas.

O sistema de colunas de som é estereofónico e periféricos e as interfaces para todos os restantes dispositivos multimédia cobrem praticamente todas possibilidades, à imagem do descrito para o Presario V2000. Também os processadores poderão Centrino ou Celeron-M. A maior novidade do Pavilion dv1000 Entertainment Notebook reside na doca crida pela HP para "encaixar" este portátil, seja no trabalho ou em casa. Ela consiste num engenhoso suporte com perfil em S, que acolhe o computador aberto - o que permite usar o ecrã de origem, sem ser necessário arranjar outro - mas proporciona o uso de um teclado de dimensões normalmente maiores, dispõe de mais conectores e pode conter também um dos tais discos rígidos em caixa amovível, referida a propósito do Media Center m1000 Photosmart PC (o qual poderá ser igualmente usado para transferir conteúdos ou manter actualizada uma cópia de segurança do disco do Pavilion dv1000 Entertainment Notebook.