Novo presidente tchetcheno afinal aceita "falar" com líder independentista
"Há a ideia de negociar e há a ideia de falar. No que respeita às negociações, não há nada a dizer", afirmou Alkhanov. "Repito: Maskhadov tem agora a última oportunidade de se desculpar perante o povo tchetcheno pela guerra que nós não pudemos evitar, pelos atentados terríveis", acrescentou.
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"Há a ideia de negociar e há a ideia de falar. No que respeita às negociações, não há nada a dizer", afirmou Alkhanov. "Repito: Maskhadov tem agora a última oportunidade de se desculpar perante o povo tchetcheno pela guerra que nós não pudemos evitar, pelos atentados terríveis", acrescentou.
Apesar de tudo Alkhanov mostrou-se disponível para se encontrar "com essas pessoas", disponível para fazer de "mediador", pronto para fazer "o que quer que seja", se "[os independentistas] optarem pela via pacífica e disserem: descobrimos que o povo não precisa deste banho de sangue", concluiu o novo presidente, cuja candidatura foi oficialmente apoiada pelo Kremelin.
O antigo ministro do Interior, eleito na primeira volta das presidenciais tchetchenas, mostrou-se ontem mais duro neste assunto afirmando que ""Maskhadov e o 'wahhabismo' [islamismo radical] não têm futuro na Tchetchénia" excluindo qualquer tipo de negociações.
Os extremistas "podem-se matar e fazerem-se explodir, mas a vontade do povo deitou-os para o caixote do lixo da História e Maskhadov escolheu esta via. O discurso sobre a legitimidade de Maskhadov está deslocado", fez questão de sublinhar.
O presidente independentista Aslan Maskhadov, que deixou de ser reconhecido por Moscovo depois do início da segunda guerra na Tchetchénia, em 1999, vive isolado numa zona praticamente inacessível das montanhas tchetchenas.
Maskhadov jurou que o actual presidente pró-russo será assassinado tal como aconteceu a Akhmad Kadirov, anterior presidente daquela república. "Quem quer que seja a sentar-se nesse lugar marioneta terá os dias contados", afirmou no sítio dos rebeldes Chechenpress.com.