Bush atribui ao director da CIA poderes sobre outras agências

Foto
O chefe da CIA irá assumir temporariamente as funções de director nacional de informações Jeff Kowalsky/EPA

Segundo o porta-voz da Casa Branca, o director da CIA irá assumir, durante um período limitado, poderes sobre outras as agências de informações, assumindo provisoriamente funções de director nacional de informações.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Segundo o porta-voz da Casa Branca, o director da CIA irá assumir, durante um período limitado, poderes sobre outras as agências de informações, assumindo provisoriamente funções de director nacional de informações.

A criação deste novo cargo — que irá ter autoridade sobre as 15 agências de informações existentes nos EUA — foi uma das principais recomendações da comissão independente aos atentados de 11 de Setembro, que considerou urgente uma reforma da comunidade dos serviços secretos, melhorando a coordenação entre os diversos organismos existentes.

Contudo, a criação do novo cargo terá de ser aprovada pelo Congresso, pelo que Bush decidiu atribuir, por decreto, competências acrescidas ao novo director da CIA, John McLaughlin, acelerando a aplicação das medidas propostas pela comissão.

Segundo o porta-voz da Casa Branca, um dos novos poderes atribuídos ao director da CIA passa pelo controlo do orçamento federal para a totalidade dos serviços secretos, num valor estimado de 40 mil milhões de dólares.

O segundo decreto que Bush irá assinar hoje institui a criação do Centro Nacional de Contraterrorismo, reforçando uma área considerada deficitária, enquanto o terceiro traça normas para a partilha de informações entre agências.

Se as recomendações da comissão independente geraram consenso, a atribuição de poderes reforçados ao director da CIA tem gerado grande controvérsia e é pouco provável que a questão seja resolvida antes das eleições presidenciais de 2 de Novembro.