José Sócrates: "Quando há muita gente a dizer-me para avançar eu não me acobardo"
O candidato à liderança do PS diz que não se sente favorito à vitória e prevê "um congresso muito disputado".
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O candidato à liderança do PS diz que não se sente favorito à vitória e prevê "um congresso muito disputado".
José Sócrates recusa ter "esquerda a menos", garantindo que "dentro do PS, ninguém dá lições de socialismo a ninguém". "No PS não há nenhum guiché que passe certificados de socialismo. O fantasma da descaracterização ideológica não passa de uma fantasia de quem se acha no direito de decidir o que é de esquerda".
Para Sócrates "é errado ir para uma disputa destas sem dizer quem é o candidato a primeiro-ministro".
O antigo ministro do Ambiente do Governo de António Guterres recusa ainda traçar qualquer cenário que não seja o do maioria absoluta nas próximas eleições criticando a estratégia do seu adversário Manuel Alegre, que já afirmou que tentaria negociar uma coligação à esquerda no caso de não conquistar a tão desejada maioria. "A melhor forma de mostrarmos ao eleitorado que não confiamos na obtenção da maioria absoluta é estarmos já a dizer o que é que faremos se não a tivermos".
José Sócrates critica Santana Lopes e afirma que o actual primeiro-ministro "não tem legitimidade política" para o ocupar o cargo. Sócrates também critica Durão Barroso por este ter aceitado o cargo de presidente da Comissão Europeia, abandonando o seu mandato a meio.
O candidato à liderança do PS revela ainda que não desistirá de convencer António Guterres a apresentar uma candidatura à Presidência da República. "O PS e o país têm um bom candidato presidencial que se chama António Gueterres. Tem currículo, uma experiência de governação bem sucedida e um grande prestígio internacional. Não desisto dele".