Yasser Arafat admite existência de "erros inaceitáveis" na Autoridade Palestiniana

Foto
Cris Bouroncle/AFP

"Há erros inaceitáveis que foram cometidos pelas nossas instituições e algumas pessoas abusaram dos seus poderes e da confiança que havia sido depositada nelas", declarou Arafat.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

"Há erros inaceitáveis que foram cometidos pelas nossas instituições e algumas pessoas abusaram dos seus poderes e da confiança que havia sido depositada nelas", declarou Arafat.

Arafat tem sido submetido a enormes pressões no seio da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) para que ponha fim a vários casos de corrupção.

O líder palestiniano, de 75 anos, admitiu ainda a existência de erros em matéria de segurança na Cisjordânia e na Faixa de Gaza e reafirmou o seu apoio ao primeiro-ministro Ahmed Qorei, que recentemente pediu a demissão (recusadaque imediatamente por Arafat). Poucos dias depois, Qorei voltou atrás com a sua decisão e tornou a assumir plenamente as suas funções, na sequência de um voto de confiança de Arafat e de uma série de reformas levadas a cabo pelo líder da ANP.

"São precisos mais esforços para garantirmos a segurança da população. Essa é a responsabilidade das organizações responsáveis pela segurança", insistiu.

Arafat estimou ainda que Israel não descansará enquanto não destruir a Autoridade Palestiniana: "Israel não parou nem por um minuto a sua campanha para destruir a nossa ANP, mas tudo isso será em vão".

O líder palestiniano declarou ainda a sua vontade de "continuar a batalha pela edificação de um Estado palestiniano independente" e solidarizou-se com a greve de fome iniciada no domingo por centenas de presos palestinianos que protestam contra as suas condições de detenção em Israel.