Israel: Likud veta coligação com trabalhistas

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Só com o apoio dos trabalhistas Sharon conseguirá levar o seu plano por diante Menahem Kahana/AFP

Segundo os resultados oficiais, 843 dos 1450 delegados votantes apoiaram uma moção, rejeitando a coligação, apresentada pela ala mais à direita do partido, opositora do plano de retirada de Gaza, que Sharon pretende levar a cabo com o apoio dos trabalhistas.

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Segundo os resultados oficiais, 843 dos 1450 delegados votantes apoiaram uma moção, rejeitando a coligação, apresentada pela ala mais à direita do partido, opositora do plano de retirada de Gaza, que Sharon pretende levar a cabo com o apoio dos trabalhistas.

Igualmente rejeitada, ainda que por uma pequena margem, foi a moção apresentada pelo primeiro-ministro propondo o início de negociações formais com o principal partido da oposição.

Um colaborador próximo de Sharon revelou à AFP que o chefe do Executivo poderá, face a este revés, optar por convocar eleições legislativas, antecipando-as em cerca de dois anos.

Desafiando o que sabia ser o sentimento reinante do seu partido, Sharon anunciou no início da reunião a sua disponibilidade para negociar com todos “os partidos sionistas” para formar uma coligação forte, numa alusão aos contactos informais que desenvolve há semanas com a liderança trabalhista.

O maior partido da oposição, que sofreu uma das suas piores derrotas eleitorais nas últimas legislativas, apoia o plano de retirada da Faixa de Gaza, contestado tanto pelas poderosas associações de colonos, como pela ala mais dura do partido Likud e toda a extrema-direita israelita.

O plano – que se insere numa estratégia de separação unilateral dos palestinianos – prevê o desmantelamento de 21 colonatos israelitas na Faixa de Gaza e a retirada militar para território israelita. Os cerca de 7500 colonos a evacuar serão recolocados em colonatos na Cisjordânia, um território que Israel pretende manter parcialmente sob o seu controlo.