Jogos Olímpicos: Uma dúzia de portugueses a abrir o programa
Ezequiel tem uma medalha em mira, embora o principal objectivo seja o de chegar à final. "Os treinos têm estado a correr bem. Estou em boa forma", garantiu o atirador, que procura repetir a medalha de bronze de Armando Marques, em 1976, por ocasião dos Jogos de Montreal, no Canadá. O representante português estará no primeiro grupo de seis atiradores - estão inscritos 35 - que começa a disparar na primeira de três séries de 25 tiros. Amanhã, completar-se-ão as outras duas e, caso passe à final, haverá lugar a mais 25 tiros.
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Ezequiel tem uma medalha em mira, embora o principal objectivo seja o de chegar à final. "Os treinos têm estado a correr bem. Estou em boa forma", garantiu o atirador, que procura repetir a medalha de bronze de Armando Marques, em 1976, por ocasião dos Jogos de Montreal, no Canadá. O representante português estará no primeiro grupo de seis atiradores - estão inscritos 35 - que começa a disparar na primeira de três séries de 25 tiros. Amanhã, completar-se-ão as outras duas e, caso passe à final, haverá lugar a mais 25 tiros.
Três horas mais tarde, no mesmo complexo, é a vez de entrar em acção outro representante luso do tiro, João Costa, que foi uma das vedetas portuguesas em Sidney e que também é um forte candidato a marcar presença na final. O atirador, que o Ministro da Defesa e dos Assuntos do Mar, Paulo Portas, incumbiu de "defender a bandeira de Portugal", terá de efectuar 60 tiros para um alvo a 10 metros e com as dimensões de 170x170 milímetros.
A dupla da vela formada Álvaro Marinho/Miguel Nunes, os representantes nacionais na Classe 470, garante que o terceiro lugar do "ranking" mundial não lhe traz pressão, antes mostra o trabalho e os resultados conseguidos nos últimos anos. Esta é a sua segunda presença olímpica, após ter sido quinto em Sidney, onde defendia a medalha de bronze de Hugo Rocha e Nuno Barreto em Atlanta.
Filipe Bezugo, na ginástica artística, aposta numa prova regular, de maneira a alcançar entre 54 e 54,5 pontos. "Os exercícios a realizar em seis aparelhos foram definidos há cerca de mês e meio e já estão todos automatizados. Agora quero fazer uma prova estável, pois posso deitar tudo a perder", afirmou o ginasta, que inicia hoje a competição incluído na sub-divisão 2, tendo como principais adversários os ginastas que se qualificaram entre o 19º e o 28º lugares do "ranking" mundial, isto é, provenientes dos países que têm apenas um elemento em competição. Os homens competem em seis aparelhos (argolas, barras, cavalo com arcões, barras paralelas, exercícios de solo e cavalo), sendo julgados por oito juízes.
Difícil será a tarefa do nadador José Couto, que tentará apurar-se para as meias-finais dos 100 metros bruços, feito que, a ser alcançado, igualará o de Alexandre Yokochi nos Jogos de Los Angeles, em 1984, em que não só atingiu as "meias" como também a final, onde foi sétimo.
O ciclismo vai também para a rua neste primeiro dia, com a competição de estrada masculina, numa prova em que as ambições portuguesas são modestas, embora não esteja colocada de parte uma surpresa, na modalidade que definirá o primeiro campeão nos presentes Jogos. Os quatro corredores lusos - Gonçalo Amorim, Nuno Ribeiro, Cândido Barbosa e Sérgio Paulinho - revelaram, pouco antes de partirem para Atenas, que muito dificilmente teriam hipóteses se a corrida ficar fragmentada, mas que, numa chegada em pelotão, Cândido Barbosa poderia ter uma palavra a dizer.
Finalmente, o voleibol de praia faz também a sua estreia no primeiro dia, com a dupla Miguel Maia e João Brenha a defrontar os argentinos Mariano Baracetti e Martin Conde. Os dois voleibolistas já admitiram que terão poucas hipóteses diante dos sul-americanos, que derrotaram os portugueses nas duas últimas ocasiões em que se defrontaram e por números expressivos. No entanto, a equipa lusa não está preocupada no caso de uma derrota, até porque se sente em condições de ultrapassar os adversários seguintes, uma dupla grega - que pode transcender-se com o factor casa - e uma sul-africana formada muito recentemente.