Ministra: vagas na área da saúde devem aumentar em 2005/2006

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Porém, a ministra Maria da Graça Carvalho diz que, antes de qualquer decisão, é preciso avaliar as reais necessidades do país Homem de Gouveia/Lusa (arquivo)

Após uma reunião do Conselho Consultivo do Ensino Superior (CCES), a governante explicou que "o conselho pediu que se fizesse um levantamento rápido e exaustivo da capacidade instalada e das necessidades de técnicos de saúde e, a partir daí, definir a evolução do ensino na área das tecnologias da saúde e da enfermagem".

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Após uma reunião do Conselho Consultivo do Ensino Superior (CCES), a governante explicou que "o conselho pediu que se fizesse um levantamento rápido e exaustivo da capacidade instalada e das necessidades de técnicos de saúde e, a partir daí, definir a evolução do ensino na área das tecnologias da saúde e da enfermagem".

De acordo a ministra da Ciência, Inovação e Ensino Superior, citada pela Lusa, os estudos da área da medicina apontam para a necessidade de aumentar o número de vagas durante algum tempo.

Na área das tecnologias da saúde e enfermagem, também são necessários mais técnicos, segundo admitiu a ministra, adiantando, contudo, que as necessidades serão supridas por aqueles que já estão no sistema de formação.

O conselho alertou para a necessidade de "aumentar a oferta na área da saúde em número de licenciados, mas é necessário estudar em que áreas e como", tendo em conta "a realidade dos novos hospitais", acrescentou.

CCES discute Escola Superior Politécnica de Aveiro e Instituto Politécnico de Tomar

O CCES discutiu igualmente a criação da Escola Superior Politécnica de Aveiro-Norte, da Universidade de Aveiro, dedicada a cursos tecnológicos relacionados com as áreas industriais da região.

Apesar de todos os membros do conselho terem reconhecido o mérito da iniciativa, que procura contribuir para o desenvolvimento da região e do emprego, "as opiniões [quanto ao projecto] foram diversas", pelo que este terá de ser discutido no grupo de trabalho que estuda a reorganização da rede de ensino superior.

Quanto ao Instituto Politécnico de Tomar (IPT), houve "parecer unânime e favorável" para a separação dos cursos de gestão e tecnologia de arte e restauro, uma vez que "não implica a criação de uma nova escola, mas sim uma reorganização dentro do IPT".

Programa Erasmus nacional arranca no segundo semestre do próximo ano lectivo

A vertente nacional do Programa Erasmus, que vai permitir a mobilidade interna de estudantes do Ensino Superior, deverá arrancar no segundo semestre do próximo ano lectivo (2004/2005), anunciou também hoje a ministra Maria da Graça Carvalho.

"O projecto foi entregue a Bruxelas [Comissão Europeia] no final de Julho, ainda no XV Governo, e as negociações estão bem encaminhadas. Deverá ser aprovado em Setembro e lançado em Outubro. A mobilidade deverá iniciar-se no segundo semestre do ano lectivo 2004/2005", afirmou a ministra da tutela. O segundo semestre de um ano lectivo tem início nos primeiros meses do ano.

O programa permite que os alunos possam fazer entre um e dois semestres em outro estabelecimento de ensino superior do país, o que, ainda segundo a ministra, "é importante para criar o espírito de mobilidade e para que os alunos possam conhecer o país".