Grupo armado sequestra cônsul iraniano em Karbala
Num comunicado enviado à televisão árabe, o “Exército Islâmico do Iraque” afirma que Faridoon Jahani “foi detido por incitação à luta entre comunidades [religiosas] e por actividades que não faziam parte das suas atribuições”.
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Num comunicado enviado à televisão árabe, o “Exército Islâmico do Iraque” afirma que Faridoon Jahani “foi detido por incitação à luta entre comunidades [religiosas] e por actividades que não faziam parte das suas atribuições”.
A estação por satélite do Dubai divulgou também imagens do diplomata iraniano, do seu passaporte e de outros documentos de identificação.
O grupo extremista aproveita para alertar o Irão contra “intervenções flagrantes nos assuntos internos iraquianos” e garante que o cônsul apelou a “todos os países para não violarem as regras internacionalmente reconhecidas em matéria de diplomacia”.
A notícia do sequestro já foi confirmada pela embaixada iraniana em Teerão, que revelou que Jahani foi sequestrado na passada quarta-feira em Karbala. Segundo a embaixada, o diplomata tinha por missão abrir um consulado na cidade, na sequência de um acordo alcançado nas últimas semanas com o governo interino iraquiano.
Karbala, uma das mais sagradas para os xiitas, dado aí estar sepultado o imã Hussein, neto de Maomé, é visitada anualmente por milhares de peregrinos vindos do Irão.
O “Exército Islâmico do Iraque” sequestrou no mês passado dois cidadãos palestinianos, os quais acabariam por ser executados sob a acusação de terem cooperado com os militares americanos.
O mesmo grupo anunciaria dias depois ter libertado um motorista iraquiano, sequestrado dias antes, afirmando que ele se terá arrependido de ter colaborado com os militares americanos, noticiou a televisão Al-Jazira.