Alemanha: enfermeiro pode estar implicado na morte de 80 pessoas
A investigação alargou-se à morte de 70 outros pacientes da clínica de Sonthofen, adiantou a mesma fonte, naquele que poderá ser o maior caso do género na Alemanha desde a II Guerra Mundial.
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A investigação alargou-se à morte de 70 outros pacientes da clínica de Sonthofen, adiantou a mesma fonte, naquele que poderá ser o maior caso do género na Alemanha desde a II Guerra Mundial.
O anúncio deste número, depois dos 40 divulgados na terça-feira, acontece depois da comparação dos horários de trabalho do enfermeiro suspeito com as mortes ocorridas na unidade onde trabalhava.
Até agora, ainda não existem elementos concretos que provem a morte concertada dos 70 outros pacientes, fez questão de sublinhar o Ministério Público. Mas, a quantidade de medicamentos roubados pelo enfermeiro suspeito é suficiente para causar a morte a mais de dez pacientes.
Foi uma queixa feita pela clínica por causa de roubo de medicamentos que colocou a polícia na pista do enfermeiro, de 25 anos.
O suspeito, hoje detido e em prisão preventiva, já reconheceu ter causado a morte, entre Março e Junho de 2003, a seis mulheres e quatro homens que tinham entre 60 e 89 anos.
A polícia vai fazer investigações também em Ludwigsburg, localidade onde o suspeito se formou em enfermagem, entre 1999 e 2002.
O enfermeiro, que trabalhou vários anos para a Cruz Vermelha, confessa que agiu por "compaixão", mas o director da clínica de Sonthofen, Andreas Ruland, afirmou que o suspeito "é doente mental e tem propensão para o crime".
Em 2001, Olaf D. reconheceu ter matado cinco mulheres que tinham entre 80 e 90 anos, em Bremem. Foi condenado a prisão perpétua.