Annan confiante na boa vontade do Governo sudanês
"Considero que as recentes declarações vindas de Cartum indicam que o Governo vai colocar em prática a resolução e cooperar com o Conselho", disse Annan aos jornalistas no regresso de Acra, a capital do Gana, onde co-presidiu, na última semana, a uma cimeira interafricana sobre a Costa do Marfim.
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"Considero que as recentes declarações vindas de Cartum indicam que o Governo vai colocar em prática a resolução e cooperar com o Conselho", disse Annan aos jornalistas no regresso de Acra, a capital do Gana, onde co-presidiu, na última semana, a uma cimeira interafricana sobre a Costa do Marfim.
O responsável evocou uma reunião decorrida ontem em Cartum sobre o mecanismo de vigilância conjunto já abordado durante a visita de Annan ao Sudão, a 3 de Julho. Nesse encontro, co-presidido por Jan Pronk, enviado especial da ONU para o Sudão, e pelo ministro sudanês dos Negócios Estrangeiros, "foram questionadas as medidas a serem tomadas pelo Governo para proteger a população", lembrou o secretário-geral das Nações Unidas. "A minha impressão é que vão avançar no sentido de aplicarem a resolução", continuou Annan.
"A resolução é muito clara. Se não a aplicarem vai haver consequências e penso que receberam a mensagem muito claramente, isso sente-se nas suas reacções", argumentou o secretário-geral da ONU.
Adoptada na sexta-feira, a resolução 1556 exige que o Governo sudanês desarme as milícias árabes pró-governamentais, proteja as populações negras do Darfur e permita a chegada de ajuda humanitária à região. O texto pede ainda que Cartum detenha e puna as pessoas consideradas responsáveis pelas atrocidades no Darfur.
A resolução encarrega Annan de dar conta ao Conselho de Segurança, todos os 30 dias, das medidas tomadas pelo Governo do Sudão, que, em caso de não respeitar o decidido, arrisca ficar sujeito a sanções.