Benfica não convence
É certo que a equipa de Trapattoni desfiou as jogadas mais vistosas da partida, mas também é verdade que precisou de 81 minutos para marcar um golo. Acresce que se mostrou permeável às contra-ofensivas adversárias, com a agravante de Paulo Almeida e Zahovic terem passado despercebidos enquanto estiveram em campo e a defesa ter revelado tremideira até ao intervalo.
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É certo que a equipa de Trapattoni desfiou as jogadas mais vistosas da partida, mas também é verdade que precisou de 81 minutos para marcar um golo. Acresce que se mostrou permeável às contra-ofensivas adversárias, com a agravante de Paulo Almeida e Zahovic terem passado despercebidos enquanto estiveram em campo e a defesa ter revelado tremideira até ao intervalo.
As "águias" não podiam encontrar melhor ambiente: 70 por cento dos espectadores ontem presentes no Municipal de Braga torcia por elas. Apesar disso, a equipa de "Trap" não correspondeu. Começou à italiana, com grande disciplina táctica e cuidado nas marcações, só que logo se atrapalhou, deixando que os anfitriões reagissem (Paulo Sérgio teve o golo nos pés após fífia de Argel) e não indo além de uns fogachos inconsequentes.
O segundo tempo transformou para melhor - embora sem brilho -, o futebol benfiquista, para o que contribuíram várias substituições. Com a troca de Zahovic por Amoreirinha, a equipa ganhou outra dinâmica, Miguel converteu-se em extremo e Simão ganhou liberdade para fazer diabruras na defensiva contrária. Depois, Manuel Fernandes, Karadas e Mantorras fizeram o resto e Amoreirinha repôs a igualdade aos 81': um cruzamento profundo de Petit levou o escandinavo Karadas a ganhar de cabeça por entre os possantes centrais do Braga e a deixar o jovem ex-Alverca fazer o toque final, também de cabeça.
Para o Braga, o empate foi motivador, já que ainda não tinha defrontado equipas de primeiro plano. O Benfica, além do resultado modesto, está preocupado com João Pereira, que se lesionou durante o aquecimento e teve que dar lugar a Bruno Aguiar.
Braga -Paulo Santos (Mardco, 45'); Abel (Pedro Costa, 75'), Paulo Jorge (Nunes, 75'), Nem (Maurício, 57'), Kenedy (Jorge Luiz, 45'); Luís Loureiro (Vanzini, 45'), Vandinho, Jaime (Castanheira, 58'); Paulo Sérgio (Cândido Costa, 45'), Wender (Cesinha, 45') e Baha (Cícero, 58').
Benfica -Quim; Miguel, Ricardo Rocha, Argel, Fyssas (Dos Santos, 55'); Paulo Almeida (Manuel Fernandes, 59'), Petit, Bruno Aguiar (Mantorras, 75'), Zahovic (Amoreirinha, 58'), Simão; Sokota (Karadas, 55').
Positivo Miguel -Não admira que o Newcastle esteja disposto a perder a cabeça por ele. É a peça mais influente do Benfica 2004/05, pela forma como se impõe a defender e a municiar o ataque.
Karadas -Uma estreia positiva. Movimentou-se bem fora da área, exibiu boas credenciais no jogo aéreo e ainda participou na jogada do golo.
Amoreirinha e Cesinha -Entraram e marcaram pelas respectivas equipas, confirmando mais uma vez o engodo pela baliza.
NegativoLuís Loureiro -
foi o mais fraco do meio-campo do Braga, com passes transviados em demasia.
Paulo Almeida e Zahovic -uma exibição insípida, em tudo contrastante com pormenores revelados em anteriores particulares da pré-temporada e preocupante a nove dias do jogo da liga milionária .
Augusto Duarte -o árbitro não assinalou um penalti contra o Braga, cometido por Paulo Jorge sobre Tomo Sokota.