Golegã abre Casa-Museu Carlos Relvas em Janeiro de 2005
O palacete foi doado à câmara pela família de Carlos Relvas, um fotógrafo amador que no século XIX construiu um edifício de raiz para instalar um estúdio. “Em determinado período da sua vida, o próprio Carlos Relvas fez adaptações no imóvel, transformando-o também em sua habitação. Agora, a traça já concluída respeitou a casa original, quando funcionava apenas como estúdio”, esclarece o presidente da Câmara da Golegã. Com a invulgar conjugação dos estilos romântico e neogótico, a Casa-Museu Carlos Relvas é considerada pelos especialistas exemplar único do final do século XIX de um imóvel destinado apenas a ser estúdio fotográfico — o primeiro do país.
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O palacete foi doado à câmara pela família de Carlos Relvas, um fotógrafo amador que no século XIX construiu um edifício de raiz para instalar um estúdio. “Em determinado período da sua vida, o próprio Carlos Relvas fez adaptações no imóvel, transformando-o também em sua habitação. Agora, a traça já concluída respeitou a casa original, quando funcionava apenas como estúdio”, esclarece o presidente da Câmara da Golegã. Com a invulgar conjugação dos estilos romântico e neogótico, a Casa-Museu Carlos Relvas é considerada pelos especialistas exemplar único do final do século XIX de um imóvel destinado apenas a ser estúdio fotográfico — o primeiro do país.
Recuperada a traça original do estúdio fotográfico, o seu recheio está neste momento exposto no Museu Soares dos Reis, no Porto, até final de Novembro, numa exposição que já passou por Lisboa e seguirá ainda para o estrangeiro. Mesmo sem espólio, e apesar de no interior ainda decorrerem obras, o exterior do renovado edifício já pode ser visitado. O espólio a exibir na casa-museu no início do próximo ano irá ultrapassar largamente aquilo que constitui a exposição “Carlos Relvas e a Casa da Fotografia”, mantendo-se até lá à guarda do Instituto Português de Museus (IPM), apesar de ser pertença da Câmara da Golegã. Há dez anos que o espólio de 10 mil negativos em vidro e quase duas mil provas de autor em papel tem vindo a ser recuperado pela Divisão de Fotografia e Documentação do IPM.
Concluído em 1875, sob orientação do arquitecto Henrique Carlos Afonso, o edifício possui uma estrutura em ferro, sobretudo no piso superior, que exibe a cobertura quase totalmente envidraçada com um vidro térmico especial de origem alemã. A musealização do local integrará a valiosa colecção de diapositivos da autoria do pioneiro da fotografia em Portugal.