SNBPC considera "levianas" as críticas à não utilização de retardantes no combate aos fogos

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O SNBPC diz que em vez dos retardantes estão a ser usadas substâncias emulsoras biodegradáveis Manuel Barros/Lusa

O presidente da Federação Distrital de Bombeiros de Coimbra, Jaime Soares, acusou hoje o SNBPC de "negligência grave" e "criminosa" por ter deixado esgotar os "stocks" de caldas químicas retardantes.

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O presidente da Federação Distrital de Bombeiros de Coimbra, Jaime Soares, acusou hoje o SNBPC de "negligência grave" e "criminosa" por ter deixado esgotar os "stocks" de caldas químicas retardantes.

Em resposta, o serviço nacional esclareceu, em comunicado, que "as caldas retardantes não são utilizadas nos combates a incêndios florestais em Portugal desde 1998, tendo-se generalizado, em sua substituição, a utilização de substâncias emulsoras biodegradáveis, com a finalidade de dificultar a combustão".

Esta medida, prossegue o SNBPC, cumpre o "normalizado na União Europeia (EN1568)".

Os produtos emulsionantes, "além de promoverem melhorias na contenção e extinção do incêndio, não afectam o ambiente".

De acordo com o presidente da Federação de Bombeiros de Coimbra, o retardante, que, ao cair na vegetação, cria uma película e evita que as chamas se propaguem, continua a ser utilizado em países como a Espanha, Itália e EUA.

"A toxicidade (do produto) é uma falsa questão para alijar responsabilidades", disse, reportando-se ao argumento invocado pelo SNBPC para cessar o recurso à substância.