Campanha de protecção aos peões lançada hoje
A campanha, que já tem algum material nas ruas, inclui dois "spots" de televisão e de rádio, mupis e cartazes nos autocarros. "Com o slogan 'é melhor parar por aqui' quisemos dizer que é preciso parar com a tragédia nas estradas portuguesas todos os dias, com a velocidade dentro das localidades e que é necessário parar nas passadeiras", explicou ao PÚBLICO Nuno Magalhães, secretário de Estado da Administração Interna, com a tutela da segurança rodoviária, que esteve em funções até sexta-feira.
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A campanha, que já tem algum material nas ruas, inclui dois "spots" de televisão e de rádio, mupis e cartazes nos autocarros. "Com o slogan 'é melhor parar por aqui' quisemos dizer que é preciso parar com a tragédia nas estradas portuguesas todos os dias, com a velocidade dentro das localidades e que é necessário parar nas passadeiras", explicou ao PÚBLICO Nuno Magalhães, secretário de Estado da Administração Interna, com a tutela da segurança rodoviária, que esteve em funções até sexta-feira.
Outra das ideias-chave da campanha é a pacificação entre os dois intervenientes num atropelamento. "Havia uma certa tensão entre o peão e o condutor. Esse foi o diagnóstico dos técnicos", afirma Nuno Magalhães, acrescentando também que "não se pode também só culpabilizar o condutor". Por isso, a campanha vai insistir no uso das passadeiras e na utilização de material retroreflector à noite, já que a maior parte dos atropelamentos acontecem no período nocturno.
A segunda campanhaEm 2003, 92 por cento dos peões vítimas de atropelamento encontravam-se dentro das localidades e apenas 10 por cento atravessavam na passadeira na altura do embate.
Apesar de os peões serem um dos maiores grupos de risco na sinistralidade - a par dos condutores de veículos de duas rodas -, houve uma redução de 17 por cento do número de mortos em 2003 face ao ano anterior. Nuno Magalhães sublinha que a sinistralidade com peões era um dos aspectos que mais agravava os números totais de Portugal. "Em 2002, Portugal tinha o dobro de vítimas da média da União Europeia e cinco vezes mais do que a Suécia", diz.
A realização deste tipo de campanhas de segurança rodoviária com um alvo específico, acompanhada por fiscalização e avaliação de resultados em fases posteriores, foi a estratégia escolhida no âmbito do PNPR e esta relativa aos peões já é a segunda do género. A primeira foi lançada há um ano e visava alertar para o uso do cinto de segurança no banco de trás e de sistemas de retenção ("cadeirinhas") para crianças. A próxima iniciativa de comunicação prevista visava os condutores de veículos de duas rodas.
A campanha de protecção aos peões, da responsabilidade da agência publicitária BBDO, é apresentada hoje, em Lisboa, numa sessão em que estão presentes representantes da Direcção Geral de Viação e da Prevenção Rodoviária Portuguesa, além de um representante do Governo agora cessante.