PEV exige realização de eleições antecipadas

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Os "Verdes" foram os primeiras a ser ouvidos pelo Presidente da República Manuel de Almeida/Lusa

"Somos favoravelmente por eleições antecipadas", afirmou André Martins, dirigente do PEV, no final da audiência com Jorge Sampaio, no Palácio de Belém.

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"Somos favoravelmente por eleições antecipadas", afirmou André Martins, dirigente do PEV, no final da audiência com Jorge Sampaio, no Palácio de Belém.

André Martins, que se fez acompanhar pelas deputadas Isabel de Castro e Heloísa Apolónia, rejeitou o argumento — utilizado pela coligação PSD/CDS-PP para recusar eleições — de que existe uma maioria parlamentar estável na Assembleia da República. Para o dirigente ecologista, não houve qualquer partido com maioria absoluta nas eleições legislativas de 2002, pelo que a coligação no poder "não representa a vontade da maioria dos portugueses".

O PEV sustenta, por outro lado, que a coligação não reúne actualmente o apoio da maioria dos eleitores, como ficou "traduzido nas últimas eleições europeias".

Durão Barroso oficializou ontem a sua demissão do cargo de primeiro-ministro, entretanto aceite pelo Presidente da República, a fim de assumir a presidência da Comissão Europeia. Jorge Sampaio começou hoje a ouvir as opiniões dos partidos sobre esta matéria, estando prevista para hoje a audição do Bloco de Esquerda, PCP e CDS-PP. Amanhã será a vez do PS e PSD serem chamados a Belém.

Espera-se que o Presidente da República anuncie depois se dissolve a Assembleia da República e convoca eleições antecipadas (como exige a oposição) ou se aceita o nome que lhe for indicado pela actual maioria para chefiar um novo Governo. Admite-se, contudo, que ainda antes disso Jorge Sampaio ouça o Conselho de Estado sobre esta matéria