FAO aprova tratado sobre recursos genéticos das plantas
Este tratado é "um texto juridicamente vinculativo sobre a agricultura sustentável", que adquiriu hoje força de lei ao ser ratificado por 55 nações, e que marca o início de uma "nova era", segundo o secretário da comissão intergovernamental sobre os recursos genéticos para a alimentação e agricultura, José Esquinas-Alcázar.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Este tratado é "um texto juridicamente vinculativo sobre a agricultura sustentável", que adquiriu hoje força de lei ao ser ratificado por 55 nações, e que marca o início de uma "nova era", segundo o secretário da comissão intergovernamental sobre os recursos genéticos para a alimentação e agricultura, José Esquinas-Alcázar.
O documento abarca 35 culturas para alimentação humana e 29 culturas para pasto e forragem e agrega pela primeira vez, num texto deste tipo e à escala mundial, as comunidades locais e indígenas e os agricultores de todas as regiões do mundo num compromisso de "conservação e desenvolvimento dos recursos genéticos das plantas", frisa a FAO.
A partir daqui, os governos devem acordar com os camponeses o direito de participar nas tomadas de decisão nacionais e de lhes outorgar uma "parte equitativa dos benefícios derivados dos recursos genéticos das plantas", informa a agência.
Na prática, há hoje 150 espécies vegetais que alimentam toda a população mundial e o arroz, o milho, o trigo e as batatas representam 60 por cento dessa produção. Fora do tratado estão os EUA, a Argentina e o Brasil, que estão entre os maiores produtores agrícolas à escala mundial.