Jornais ingleses falam de "infelicidades", "maldição" e "roubo"
As "infelicidades", segundo os jornais, foram a grande penalidade desperdiçada por David Beckham, a saída por lesão de Wayne Rooney e o golo anulado aos ingleses, por falta sobre o guarda-redes Ricardo.
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As "infelicidades", segundo os jornais, foram a grande penalidade desperdiçada por David Beckham, a saída por lesão de Wayne Rooney e o golo anulado aos ingleses, por falta sobre o guarda-redes Ricardo.
"Fomos ao tapate em Lisboa! Os futebolistas ingleses provaram mais uma vez o gosto amargo da derrota num grande torneio internacional", comenta o “Guardian”, referindo-se ao encontro com Portugal nos quartos-de-final do Euro 2004, que a selecção portuguesa venceu por 6-5 no desempate através da marcação de grandes penalidades, após o 2-2 no final do prolongamento.
"A Inglaterra agoniza", titula o “Daily Mail”, sublinhando o novo pesadelo das grandes penalidades sofrido pela selecção dirigida pelo sueco Sven-Goran Eriksson.
Vários jornais recordam a "maldição" que persegue a selecção inglesa, eliminada também nas grandes penalidades nos Mundiais de 1990 e 1998 e no Europeu de 1996.
"É sempre a velha triste história", comenta o “Daily Express”, enquanto o “Daily Mirror” titula "Outra vez não!".
A estrela da equipa, David Beckham, é um dos bodes expiatórios da derrota, a par de Darius Vassel, os dois jogadores que desperdiçaram grandes penalidades.
Mas a maioria dos jornais prefere analisar a campanha inglesa e a série de factores que jogaram contra a sua selecção.
Apesar de ter falhado duas grandes penalidades e de se encontrar fora de forma, David Beckham, escreve o “Times”, mostrou muita coragem ao longo do torneio e conseguiu demolir as defesas contrárias, de modo a permitir a explosão do talento de Rooney.
"Roubados!" é a manchete do tablóide “The Sun”, o jornal de maior tiragem. "O árbitro roubou-nos" escreve o jornal, referindo-se ao golo de Sol Campbell, anulado pelo árbitro suíço Urs Meier por falta de um jogador inglês sobre o guarda-redes Ricardo.
Apesar da derrota, e do afastamento do Euro 2004, a imprensa inglesa rende homenagem aos esforços e ao futebol ofensivo desenvolvido pela selecção inglesa nos quatro jogos que disputou no Campeonato da Europa.
"Eles nunca baixaram os braços, mesmo quando as forças conspiravam contra eles", comentou o “Daily Mirror”.