Microsoft financia acções de formação

A generalização do "spam" (as mensagens não solicitadas de correio electrónico) e as vagas sucessivas de vírus e, sobretudo, dos chamados "worms" causam cada vez mais problemas e dores de cabeça aos utilizadores em geral - e contratempos e perdas de produtividade nas organizações, nas empresas e na administração pública.

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A generalização do "spam" (as mensagens não solicitadas de correio electrónico) e as vagas sucessivas de vírus e, sobretudo, dos chamados "worms" causam cada vez mais problemas e dores de cabeça aos utilizadores em geral - e contratempos e perdas de produtividade nas organizações, nas empresas e na administração pública.

Entre as referidas iniciativas da Microsoft Portugal, avulta a subsidiação de descontos até 70 por cento em acções de formação de utilizadores das suas tecnologias e "software" relativas aos procedimentos de segurança. Não existem pré-requisitos rígidos de conhecimentos e habilitação para a candidatura a estas acções de formação mas os promotores enunciam algumas condições, sem as quais os formandos não conseguirão tirar qualquer partido das referidas acções.

O prazo-limite do actual programa de formação é 30 de Junho - para já, para um número máximo de 150 pessoas mas podendo vir a haver mais posteriormente - e a inscrição deverá ser feita "on-line" ( http://www.microsoft.com/Portugal/Seguranca/IT/formacao.mspx ) num de dois cursos, a serem ministrados em Lisboa e Porto por dois parceiros da Microsoft para esta área: a Tecnidata e a CapGemini.

Um desses cursos, intitulado "Designing Security for Microsoft Networks", terá a duração de três dias e poderá orçar em 80 a 120 euros. Já o designado por "Implementing and Administering Security in a Microsoft Windows Server 2003 Network" implicará cinco dias e um custo que rondará os 150 euros por pessoa.

Acrescenta ainda a Microsoft o atractivo de que quem frequentar estes cursos ficará automaticamente habilitado a fazer, gratuitamente, exames de certificação do programa Microsoft Certified Security Special. Se forem bem sucedidos nestes exames, passarão a dispor do respectivo certificado sem qualquer custo para além do do curso; se "chumbarem", poderão voltar a tentá-lo mas, aí, já terão de pagar os valores normalmente praticados.

No sítio acima referido ( http://www.microsoft.com/Portugal/Seguranca/IT/ ), a Microsoft disponibiliza ainda a inscrição dos utilizadores para a recepção de notificações gratuitas de alerta face a novos perigos - bem como um "kit" de segurança: um CD-ROM com "orientações pormenorizadas, conselhos e guias práticos".

A Microsoft está ainda a considerar a realização de um esforço descentralizador destes esforços de divulgação e formação em torno das suas tecnologias através de um "roadshow", o qual percorreria as áreas do interior e litorais menos industrializadas. Deste modo, com acções de formação de um dia apenas, procurariam os seus responsáveis e técnicos desta área difundir os conhecimentos básicos no uso e configuração das ferramentas e dos procedimentos de segurança.

Segundo Marcos Santos, um dos responsáveis na Microsoft Portugal por esta área da segurança, a evolução, ao longo do tempo, do número de pedidos de ajuda registados no respectivo serviço da empresa motivados pelas recentes vagas de "worms" revela que os utilizadores em geral estão mais despertos para os cuidados a terem com os seus computadores ou com os seus sistemas de informação - não só mantendo activos a actualizados os seus programas antivírus e de "firewall" como pela aplicação dos "patches" correctores do seu "software" disponibilizados pela própria Microsoft.

É óbvio que a evolução mais notória se verifica entre os clientes empresariais: enquanto, aquando da vaga do Blaster, ainda foi registado um número considerável de telefonemas, já com o mais recente Sasser o "call center" apenas recebeu duas chamadas de clientes sem saberem como resolver os problemas criados por este "verme".

Os "sites" de actualização de todo o "software" da Microsoft por todo o mundo passaram, entretanto, a exibir os "links" para a campanha "Proteja o seu PC", que contempla três passos e adoptou um modelo pedagógico dirigido aos utilizadores menos entendidos (ou que julgam que o são). Paralelamente, a empresa tem vindo a apoiar, nos seus contratos e relacionamentos com os OEM - "original equipment manufacturers", designação que, neste caso, remete sobretudo para os montadores locais de computadores pessoais, das chamadas "linhas brancas" -, a inclusão de programas antivírus nas configurações de base dos PC comercializados em cada mercado.

Por outro lado, a Microsoft tem vindo a colaborar com diversas empresas e organizações de modo a apoiá-las nos seus esforços de reforço da segurança dos seus sistemas de informação - e de que um recente protocolo com o Millennium BCP é um exemplo.