França estuda anulação de até 50 por cento da dívida iraquiana

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Os Estados Unidos obtiveram da França e da Alemanha o compromisso de anular uma parcela substancial da dívida iraquiana Nabil Mounzer/EPA

A mesma fonte, que falava à margem da reunião do G7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo) em Nova Iorque, sublinhou que será impossível decidir sobre esta matéria enquanto não estiver estabelecida uma autoridade formal no Iraque.

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A mesma fonte, que falava à margem da reunião do G7 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo) em Nova Iorque, sublinhou que será impossível decidir sobre esta matéria enquanto não estiver estabelecida uma autoridade formal no Iraque.

Em Dezembro do ano passado, os Estados Unidos obtiveram da França e da Alemanha o compromisso de anular uma parcela substancial da dívida iraquiana.

Em declarações mais recentes, o ministro das Finanças francês, Nicolas Sarkozy, aprovou a redução, mas sublinhou o facto de o Iraque deter a segunda maior reserva mundial de petróleo.

"É difícil justificar uma anulação [da dívida] a 100 por cento, quando nos dispomos a anular apenas 50 por cento a países mais pobres e frequentemente desprovidos de matérias-primas", reforçou.

A fonte oficial francesa também disse à AFP que o cálculo do saldo devedor do Iraque não foi ainda concluído, estando actualmente em curso um estudo do Fundo Monetário Internacional.

Numa fase posterior, a questão será debatida no Clube de Paris (instituição informal que reúne os principais países credores com o objectivo de renegociar as dívidas externas dos países em dificuldades), explicou.