Timor-Leste: "capacetes azuis" portugueses poderão regressar no próximo mês
"O regresso a Portugal do batalhão português destacado em Timor-Leste está previsto para entre a primeira e a segunda semana de Junho e processar-se-á por grupos", acrescentou à Lusa o também responsável pela Secção de Informação, Protocolo e Relações Públicas do Gabinete do Chefe de Estado-Maior do Exército.
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"O regresso a Portugal do batalhão português destacado em Timor-Leste está previsto para entre a primeira e a segunda semana de Junho e processar-se-á por grupos", acrescentou à Lusa o também responsável pela Secção de Informação, Protocolo e Relações Públicas do Gabinete do Chefe de Estado-Maior do Exército.
No âmbito da Missão de Assistência da ONU em Timor-Leste (UNMISET), Portugal tem naquele país 503 efectivos, entre os quais 117 fuzileiros e uma companhia de tropas especiais "comandos".
O regresso do primeiro grupo de "capacetes azuis" portugueses estacionados em Timor-Leste chegou a ser anunciado, por uma fonte militar em Díli, para amanhã e a chegada do último grupo seis dias depois. "Posso garantir que essa informação é totalmente errada", afirmou o mesmo porta-voz do Exército.
O mandato da UNMISET, no formato conhecido, terminou no dia 20 do mês passado e os efectivos portugueses estão distribuídos por Díli (Quartel-General) e sub-unidades em Bécora (distrito de Díli) e nos distritos de Aileu e Baucau.
O regresso a Portugal será antecedido da entrega do material utilizado pelos "capacetes azuis" ao Governo timorense, num valor global que ultrapassa os 12,5 milhões de euros. O comando do Batalhão Oriental (EastBatt) está sob a responsabilidade dos militares portugueses.
A UNMISET conta actualmente com 1750 "capacetes azuis" e 192 polícias da ONU e observadores militares, entre os quais 16 agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP), dois da Guarda Nacional Republicana (GNR) e dois do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Segundo a proposta enviada pelo secretário-geral da ONU, Kofi Annan, ao Conselho de Segurança, os "capacetes azuis" passarão a ser apenas 310, com apoio aéreo e dotados de equipamento para intervenção rápida.
O número de polícias da ONU também diminuirá, tendo Annan proposto 157, enquanto os observadores militares, a colocar sobretudo junto à fronteira com a parte indonésia da ilha de Timor, serão 42.
Portugal deverá participar com "capacetes azuis" na futura missão, mas o número de efectivos ainda não está determinado, disse uma fonte diplomática internacional à Lusa.