Sampaio recusa comentar críticas do CDS-PP à condecoração de Isabel do Carmo
"Não faço nenhum comentário. O 25 de Abril foi fruto da convergência de muitas pessoas, de muitas atitudes. É assim que eu o vejo. Todos tiveram o seu papel", afirmou, não querendo comentar a atitude do CDS-PP.
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"Não faço nenhum comentário. O 25 de Abril foi fruto da convergência de muitas pessoas, de muitas atitudes. É assim que eu o vejo. Todos tiveram o seu papel", afirmou, não querendo comentar a atitude do CDS-PP.
O CDS-PP anunciou que não vai ter qualquer representante na cerimónia de condecorações por ocasião do 30º aniversário do 25 de Abril, que vai decorrer ao final da tarde de hoje, em Lisboa, por discordar da atribuição da Ordem da Liberdade a Isabel do Carmo.
Em declarações à agência Lusa, ontem, fonte do CDS-PP justificou que o partido "discorda da atribuição desta condecoração a uma pessoa que esteve envolvida em organizações violentas e bombistas".
Isabel do Carmo, actualmente médica num hospital de Lisboa, foi uma das fundadoras do Partido Revolucionário do Proletariado e das Brigadas Revolucionárias (PRP-BR).
Após o 25 de Abril, destacou-se durante o PREC (Período Revolucionário em Curso), desenvolvendo grande actividade nas ruas, em empresas e em fábricas e foi detida, por acusações de "autoria de acções armadas", das quais acabou por ser ilibada.
O Presidente da República vai atribuir hoje 37 condecorações, destacando-se na lista dos agraciados personalidades como o ex-chefe de Estado Ramalho Eanes, o histórico dirigente socialista Almeida Santos, o ex-dirigente do PCP Carlos Brito e Isabel do Carmo.
Jorge Sampaio dedicou a manhã de hoje ao poder local, uma homenagem no âmbito da passagem dos 30 anos do 25 de Abril que quis fazer no Cartaxo, a autarquia presidida pelo mais jovem presidente de Câmara do país, o socialista Paulo Caldas.