Vale e Azevedo detido pouco depois de ter sido libertado
A informação relativa à detenção foi avançada pela sua mulher, Filipa Vale e Azevedo, que se dirigiu aos jornalistas à entrada das instalações da Polícia Judiciária em Lisboa.
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A informação relativa à detenção foi avançada pela sua mulher, Filipa Vale e Azevedo, que se dirigiu aos jornalistas à entrada das instalações da Polícia Judiciária em Lisboa.
O juiz titular do processo Euroárea emitiu hoje um novo mandado de detenção para o antigo presidente do Benfica, que esteve em liberdade apenas por breves minutos. No âmbito do processo Euroárea, Vale e Azevedo terá agora de comparecer, sob detenção, amanhã às 11h00 na 8ª vara, 2ª secção do Tribunal da Boa Hora para ser ouvido pelo juiz Ricardo Cardoso.
Relação mandou libertar Vale e Azevedo por erro durante diligência processualO Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) mandou hoje libertar o antigo presidente benfiquista João Vale e Azevedo, preso desde 17 de Abril de 2002 no Estabelecimento Prisional de Lisboa, disse à agência Lusa fonte judicial.
De acordo com a mesma fonte, a decisão da Relação tem por base o facto de o antigo presidente do Benfica não ter sido ouvido no âmbito de uma diligência processual quando lhe foi aplicada a prisão preventiva no caso Euroárea, pelo juiz titular do processo, Ricardo Cardoso.
João Vale e Azevedo foi detido no dia 14 Fevereiro de 2001 no âmbito do caso Ovchinnikov e condenado a quatro anos e meio de prisão em 17 Abril de 2002, mas foi acusado e começou a ser julgado em 4 de Junho de 2003 na sequência do caso Euroárea, relacionado com a venda dos terrenos Sul do clube.
Segundo a mesma fonte, o juiz titular do processo Euroárea, Ricardo Cardoso, mandou colocar Vale e Azevedo em prisão preventiva no âmbito deste caso, tendo o seu advogado, José António Barreiros, recorrido para a Relação de Lisboa, alegando existir um erro formal na decisão do magistrado do 8ª vara do Tribunal da Boa Hora.
A Relação veio hoje a dar razão à defesa de Vale e Azevedo. O erro terá agora de ser corrigido pelo juiz, em princípio com a realização de um novo interrogatório.
Entretanto, o ex-presidente encarnado - que antes da prisão preventiva no Estabelecimento Prisional da Polícia Judiciária esteve detido na sua casa de Almoçageme - já cumpriu metade da pena a que foi condenado no caso Ovchinnikov, o que é um dos requisitos para que pudesse sair em liberdade condicional no âmbito deste caso, o que não veio a acontecer depois da decisão de Ricardo Cardoso de colocar o antigo presidente do Benfica em prisão preventiva na sequência do caso Euroárea.