Moçambique: Chissano aceita demissão do primeiro-ministro
De acordo com os analistas, Pascoal Mocumbi começou a pensar em deixar o Governo após ter sido preterido, no ano passado, quando a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder) escolheu o empresário Armando Guebuza para candidato presidencial.
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De acordo com os analistas, Pascoal Mocumbi começou a pensar em deixar o Governo após ter sido preterido, no ano passado, quando a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder) escolheu o empresário Armando Guebuza para candidato presidencial.
Mocumbi, um médico de 63 anos, ocupa há dez anos - tempo recorde no Sul de África - o cargo de primeiro-ministro, sem grande poder político. Vai agora juntar-se a um grupo de investigação belga sobre doenças tropicais.
O sucessor de Mocumbi já foi escolhido. Aliás, a sucessora: a actual ministra das Finanças, Luísa Diogo, vai ser a primeira mulher a ocupar o cargo no país. Diogo, que já trabalhou no Banco Mundial, vai manter a pasta das Finanças até às eleições.
A data para a realização das eleições legislativas e presidenciais ainda não foi marcada, mas deverá acontecer no segundo semestre deste ano.
Chissano não vai voltar a candidatar-se, após 18 anos na Presidência, esperando-se que alguns dos seus aliados mais próximos se aventurem.