José Mourinho defende castigo para quem simula penaltis

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O técnico azul e branco lamentou o facto de ter visto mais críticas ao árbitro Pedro Proença do que a quem o iludiu António Cotrim/Lusa

"Os jogadores devem ser castigados, mas a regra é para todos e não só para algumas equipas. É que as situações dúbias são sempre para o nosso lado", frisou, quando instado a comentar o lance entre o sportinguista Silva e o benfiquista Moreira, que motivou a primeira grande penalidade na vitória dos "leões" na Luz (1-3).

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"Os jogadores devem ser castigados, mas a regra é para todos e não só para algumas equipas. É que as situações dúbias são sempre para o nosso lado", frisou, quando instado a comentar o lance entre o sportinguista Silva e o benfiquista Moreira, que motivou a primeira grande penalidade na vitória dos "leões" na Luz (1-3).

O técnico azul e branco lamentou o facto de ter visto mais críticas ao árbitro Pedro Proença do que a quem o iludiu - o avançado Silva simulou o contacto com o guarda-redes Moreira - e considerou que o "juiz" lisboeta não pode ser culpabilizado pelo lance.

"É óbvio que a primeira grande penalidade contra o Benfica não existe. Mas eu acho que o árbitro foi enganado. Ele está a dez ou 15 metros, o jogador simula o contacto, deixa a perna, arrasta a biqueira da bota no chão duas ou três vezes para haver aquela pausa antes da queda. Tudo perfeito! Pedro Proença não pode ser culpado", vincou.

José Mourinho critica severamente as simulações, mas admira a inteligência dos jogadores que percebem que podem criar uma "falta real". O responsável portista considera que os futebolistas devem ter a inteligência suficiente para perceber quando podem provocar uma falta real sem simular.

"Quando o guarda-redes sai a grande velocidade em direcção ao jogador que vai isolado este pode ter a inteligência e perspicácia para lhe tirar a bola do caminho e esperar o abalroo. É grande penalidade, não simulação. Outra coisa é o guarda-redes travar a meio e o jogador simular a queda. Sou contra isso", justificou.

Na mesma linha de raciocínio, José Mourinho falou das situações em que uma equipa pode forçar o segundo cartão amarelo a um adversário: "Podemos criar situações de um para um e ir à procura de mais faltas, mas não digo aos meus jogadores para se mandarem dez vezes para o chão que à décima o árbitro vai acreditar".