Compras através da Internet na Europa poderão gerar 175 mil milhões euros em 2005

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Os custos de venda na Internet podem ser mais elevados e a rentabilidade dos negócios menor DR

Miguel Devesa, que falava no seminário Distribuição e Comércio Electrónico, organizado pela Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), apresentou o Euro-logo, um projecto de garantia da qualidade de vendas pela Internet.

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Miguel Devesa, que falava no seminário Distribuição e Comércio Electrónico, organizado pela Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED), apresentou o Euro-logo, um projecto de garantia da qualidade de vendas pela Internet.

As lojas online que ostentem no seu site de vendas o símbolo Euro-logo terão de garantir práticas comerciais correctas, aderindo a um código de conduta europeu, garantir a segurança e fiabilidade dos pagamentos electrónicos, aceitar mecanismos de resolução de conflitos e salvaguardar a privacidade dos dados dos clientes, precisou.

Miguel Devesa salientou que o maior obstáculo às compras através da Internet é a segurança da transacção, citada por mais de três quartos das pessoas, e o facto de se estar a comprar coisas que não foram fisicamente vistas e o que fazer se as coisas correrem mal, observando que o Euro-logo contribuirá para aumentar a confiança dos clientes.

Paulo Amaral, professor da Universidade Católica, assinalou que um estudo da Forrester prevê que em 2008 o comércio electrónico represente dez por cento do comércio a retalho nos Estados Unidos, no pressuposto de um crescimento de 19 por cento ao ano para o comércio na Internet.

Paulo Amaral indicou que se estima que metade dos portugueses utilizem a Internet este ano, uma percentagem que nos países mais avançados andará entre 70 e 80 por cento, sendo a utilização média da Internet em Portugal de seis horas por mês, um terço do que acontece em países mais desenvolvidos.

Para Paulo Amaral, se a utilização de computadores e da Internet ainda está numa fase emergente, o comércio electrónico ainda está na infância, mas vai ter êxito no futuro, o que implica que as empresas terão de se preparar.

Defendeu que os custos de venda na Internet podem ser mais elevados e a rentabilidade dos negócios menor, pelo que o modelo de negócio deverá ser diferente e complementar do negócio tradicional.

Entrar no comércio electrónico sem uma estratégia coerente é entrar para perder dinheiro, na opinião daquele professor.