Campolide: cratera no asfalto engole autocarro
O comandante do Regimento de Sapadores de Bombeiros de Lisboa disse à Lusa que "o perímetro de segurança é já de 200 metros, porque a zona está muito instável e ameaça ruir ainda mais".
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O comandante do Regimento de Sapadores de Bombeiros de Lisboa disse à Lusa que "o perímetro de segurança é já de 200 metros, porque a zona está muito instável e ameaça ruir ainda mais".
"Já pedimos a participação de uma equipa de espeleologia do regimento. O terreno está muito instável e têm de ser espeleólogos a descer em segurança e a amarrar a grua ao autocarro, para o conseguir remover", explicou o tenente-coronel António Pato.
O buraco, que se abriu às 06h36, tem já "cerca de dez metros de profundidade e ameaça continua a alargar, até porque na zona passava até há pouco tempo a Ribeira de Alcântara, que, entretanto, foi tapada".
O alerta para os perigos de derrocada tinha sido lançado há duas semanas pelos residentes no Bairro da Liberdade, contíguo à estação de Campolide, que denunciaram a situação à Câmara Municipal de Lisboa.
Às 08h45 a metade dianteira do autocarro de passageiros, propriedade de uma empresa privada contratada pela Carris para servir de alternativa à greve dos trabalhadores da transportadora, continuava mergulhada no asfalto.
Os técnicos do Serviço de Protecção Civil disseram à Lusa que "já foi solicitada uma grua para a retirada do autocarro".
"Não pode ser uma grua qualquer. Estamos a estudar, de entre várias hipóteses, a que reúne melhores condições de segurança, porque não se pode aproximar muito do local, dada a instabilidade do piso", disse.
O incidente não provocou feridos, uma vez que o autocarro se encontrava ainda parado e sem passageiros, à espera de entrar em actividade.
A circulação rodoviária na Calçada da Estação foi, entretanto, interrompida pela PSP de Lisboa.