Fundação Gulbenkian vai recuperar Fortaleza de Ormuz

O projecto foi hoje confirmado pelo administrador José Blanco, durante a apresentação de um livro sobre o Museu de Arte Sacra de Rachol, em Goa, um dos mais importantes projectos de recuperação e salvaguarda de património indo-português.

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O projecto foi hoje confirmado pelo administrador José Blanco, durante a apresentação de um livro sobre o Museu de Arte Sacra de Rachol, em Goa, um dos mais importantes projectos de recuperação e salvaguarda de património indo-português.

De acordo com José Blanco, a recuperação da antiga fortaleza de Ormuz, conquistada por Afonso de Albuquerque em 1515, resulta de uma negociação com as autoridades iranianas, de quem partiu a iniciativa.

"Foi o próprio Irão que procurou uma entidade privada cristã para tomar em mãos este projecto, ao qual a Gulbenkian respondeu", tendo já sido efectuado o levantamento de toda a superfície da fortaleza, com cerca de dois hectares.

O responsável estima que o projecto de recuperação, que está quase concluído, deverá demorar cerca de 20 anos devido à sua dimensão.

Historicamente, a cidade de Ormuz, hoje na costa do Irão, era, além de Goa, a mais lucrativa cidade do então império colonial português na região. A sua perda em 1622 foi considerada como o prenúncio do início do fim do poderio português no Oriente.

Além deste projecto, a Fundação irá realizar um projecto de recuperação de parte do Palácio da Água, em Jojakarta, na Indonésia, criado por um "arquitecto misterioso, provavelmente de origem goesa".

A Fundação Calouste Gulbenkian, criada nos anos 50, é uma instituição portuguesa de direito privado e utilidade pública que desenvolve projectos nas áreas da educação, ciência, beneficência e artes.