Encerramento da Melka deixa 308 pessoas no desemprego
António Marques, dirigente do Sindicato dos Têxteis do Sul, disse que a empresa, de capitais suecos, informou ontem os trabalhadores e o sindicato de que iria encerrar as fábricas do Sulim (perto do Cacém) e do Cacém.
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António Marques, dirigente do Sindicato dos Têxteis do Sul, disse que a empresa, de capitais suecos, informou ontem os trabalhadores e o sindicato de que iria encerrar as fábricas do Sulim (perto do Cacém) e do Cacém.
O despedimento colectivo da fábrica do Sulim - que produzia blusões - iniciou-se a 2 de Outubro e está previsto o despedimento de 94 trabalhadores a partir de 19 de Dezembro.
A Melka do Cacém - que produz camisas - deverá encerrar a partir de Fevereiro ou Março, quando cumprir as encomendas que tem, deixando no desemprego 214 pessoas.
O sindicato estranhou o anúncio de encerramento das empresas, tendo em conta o volume de encomendas, e vai pedir a intervenção do Governo para evitar mais estes despedimentos.
A Melka justificou os encerramentos com a falta de encomendas, mas o sindicato não acredita e considera que este é mais um caso de deslocalização para os países do leste europeu e para o extremo oriente.
Segundo António Marques, a empresa vai oficializar o despedimento colectivo na próxima semana. Por isso, o sindicato inicia segunda-feira reuniões com os trabalhadores para definir a estratégia a seguir.
"Apesar de a empresa garantir que vai pagar tudo o que os trabalhadores têm direito, vamos tentar defender os postos de trabalho e se isso não for possível vamos então negociar indemnizações melhoradas", disse o sindicalista.
A Lusa tentou confirmar a situação junto do grupo empresarial, mas, até ao momento, não foi possível.
António Marques prevê que o despedimento dos 308 trabalhadores da Melka vá custar mais de cinco milhões de euros à segurança social em subsídios de desemprego.