Prémio Nobel da Medicina para Paul Lauterbur e Peter Mansfield

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"Os dois laureados com o Prémio Nobel da Medicina deste ano fizeram descobertas decisivas no campo das possibilidades de utilização da ressonância magnética para vizualizar diversas estruturas", permitindo uma melhor imagem dos órgãos internos do homem, explicou a Assembleia Nacional do Instituto Karolinska, que atribui o prémio.

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"Os dois laureados com o Prémio Nobel da Medicina deste ano fizeram descobertas decisivas no campo das possibilidades de utilização da ressonância magnética para vizualizar diversas estruturas", permitindo uma melhor imagem dos órgãos internos do homem, explicou a Assembleia Nacional do Instituto Karolinska, que atribui o prémio.

“Estas descobertas resultaram na criação da câmara magnética moderna, da tomografia por ressonância magnética, que representa um grande avanço para a medicina e para a pesquisa médica”, acrescentou a assembleia.

A imagem por ressonância magnética é hoje uma prática corrente nos hospitais. A cada ano, mais de 60 milhões de exames no mundo inteiro são feitos por este método e a tecnologia neste campo continua a desenvolver-se rapidamente, acrescentou ainda o Instituto Karolinska.

Paul Lauterbur, nascido em 1929 em Urbana, estado do Illinois, descobriu a possibilidade de criar imagens a duas dimensões medindo a intensidade de um campo magnético. Pela análise das características de determinadas ondas de rádio, conseguiu determinar a sua origem. Isto tornou possível criar imagens bi-dimensionais de estruturas que não poderiam ser visualizados de outra maneira.

Peter Mansfield, nascido em 1933 em Nottingham, Inglaterra, apurou esta técnica. Mostrou como os sinais poderiam ser analisados matematicamente, o que tornou possível o uso de uma técnica aplicada às imagens. Mansfield também mostrou que, em teoria, se poderia chegar a essas imagens de forma muito rápida. Esta rapidez tornou-se uma realidade uma década mais tarde com as ressonâncias magnéticas.