Israel: explosão em Haifa faz pelo menos 18 mortos

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Um bombista palestiniano terá entrado num restaurante e fez detonar os explosivos que transportava, depois de ter disparado sobre um guarda que se encontrava à entrada do estabelecimento.

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Um bombista palestiniano terá entrado num restaurante e fez detonar os explosivos que transportava, depois de ter disparado sobre um guarda que se encontrava à entrada do estabelecimento.

O estabelecimento, um dos restaurantes de Haifa mais populares, encontrava-se lotado na altura da explosão, o que, segundo as autoridades, poderá indicar que o número de vítimas venha a aumentar com o decorrer das operações de socorro.

O ataque desta tarde ocorre apesar das fortes medidas de segurança israelitas reforçadas nas últimas semanas com a edificação de um muro de segurança destinado a evitar a entrada de bombistas a partir da Faixa de Gaza e Cisjordânia.

O atentado surge na véspera da celebração do feriado judeu de Yom Kippur, o dia do Grande Perdão, que será comemorado a partir da noite de amanhã até segunda-feira.

A acção, a primeira desde os dois ataques que mataram 15 pessoas a 9 de Setembro, perto de uma base militar nos arredores de Telavive e num café de Jerusalém, ainda não foi reivindicada.

A Autoridade Palestiniana ainda não comentou o ataque desta tarde, mas David Baker, um dos elementos do gabinete do primeiro-ministro israelita, Ariel Sharon, afirmou que Israel exije que a direcção palestiniana tome medidas imediatas contra os movimentos radicais. "O atentado de Haifa é mais uma indicação de que a Autoridade Palestiniana continua a recusar-se a tomar os passos mínimos contra as estruturas do terrorismo", sustentou o responsável.

O atentado, um dos piores dos últimos tempos, poderá precipitar agora a concretização da expulsão por Israel do líder palestiniano Yasser Arafat, já defendida por Ariel Sharon, mas fortemente criticada pela maioria da comunidade internacional.