Continuam as versões contraditórias sobre a saúde do Papa
A saúde do Papa tem sido um assunto quente na última semana e, apesar de João Paulo II prosseguir com a sua agenda, há cada vez mais sinais de que a saúde do Sumo Pontífice se transformou num assunto de Estado no Vaticano.
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A saúde do Papa tem sido um assunto quente na última semana e, apesar de João Paulo II prosseguir com a sua agenda, há cada vez mais sinais de que a saúde do Sumo Pontífice se transformou num assunto de Estado no Vaticano.
Ontem, o porta-voz do cardeal austríaco explicou que as palavras de Schoenborn teriam de ser "interpretadas de forma filosófica". E o arcebispo Stanislaw Dziwisz, secretário de João Paulo II, fez uma rara declaração aos jornalistas, explicando que o cardeal Ratzinger, figura proeminente da Santa Sé, estava zangado porque a sua declaração - "O Papa está muito mal" - tinha sido retirada de contexto e fora proferida numa conversa informal com alguém que o interpelara na rua.
Entre desmentidos e aparentes "deslizes" de linguagem, o Papa recebeu ontem o Presidente da Lituânia, Rolandas Paksas, e pareceu bastante atento e concentrado durante os 15 minutos da audiência, um dos seus quatro compromissos do dia. A Santa Sé reafirma a agenda de João Paulo II para os próximos dias e a síntese pode bem ter sido feita pelo bispo francês Stanislas Lalane: "As coisas não devem ser escondidas. O Papa está muito doente. Mas, garanto-vos, a Igreja está a ser governada."